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Mostrando postagens de 2015

NOSSA MENSAGEM DE FINAL DE ANO

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HISTÓRIAS DE GUERRA...E PAZ

Mais uma crônica da série "Memórias a Granel". ---------------------------------------------------------------------------- Quando criança eu era fogo na roupa, como dizia minha mãe. Era uma expressão para definir quem era considerado uma pimentinha, gente que aprontava com todo mundo. Confesso: eu era assim mesmo. E o pior é que eu influenciava meus primos a serem também. Por isso a gente vivia sempre juntos – fora as horas em que eu gostava de ficar sozinho, sozinho, sozinho. A aldeia nos proporcionava bastante oportunidade para a gente aprontar. Quando eu ia para a escola na cidade eu bem que tentava me comportar, mas quase nunca conseguia. Apesar dos desconfortos que passava por lá, eu me enturmava bem com uma garotada que também era um tanto desaforada. Acho que era uma forma de me defender. A gente aprontava umas com os garotos das outras ruas. Eram guerrinhas de pedras, brincadeira pesada em que quase sempre alguém saia machucado. Nos terrenos baldios do bai...

SOBRE ARANHAS E LIVROS

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Mais uma da série "Crônicas a granel", para meus amigos. Nunca fui chegado à leitura de livros. Houve um encanto inicial logo que entrei na escola. Tudo ali era um encanto, pura magia. As palavras saiam da boca de meus professores trazendo histórias que estavam  dentro das páginas de livros que eles pegavam para ler para nós. Meus colegas e eu ouvíamos com certo encantamento imaginando de onde vinham aquelas histórias. Autor nunca sabia quem era. Quase sempre gente morta. Era um completo mistério.

DANIEL MUNDURUKU EM BELO HORIZONTE

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Registro de minha passagem por Belo Horizonte nestes dias 26 e 27 de novembro, Primeira visita foi no Colégio Loyola. Ali rolou uma interessante conversa com os estudantes do 5o. Ano sobre o livro O HOMEM QUE ROUBAVA HORAS. Muito bom!

O QUE SOU SÓ SERVE PARA MIM.

[ Mais um texto da série "Crônicas a Granel"] O QUE SOU SÓ SERVE PARA MIM. [À Cristino Wapichana] Minha vida é um poema que escrevo a cada dia. Seus versos, sua métrica, seus sentidos, significados e significantes são palavras que componho a cada nova ação, a cada nova atitude, a sempre nova escolha que faço. É assim que penso a biografia de cada pessoa. Entendo que cada um escreve, compõe seu verso único em sintonia consigo mesmo, com seus amores, com suas dores. A vida dos outros não é para ser seguida. Biografias não são para serem imitadas. Menos ainda interpretadas. Olho para cada pessoa como um poema único. Poema é para ser lido, não para ser interpretado. Acho que interpretar poema é a coisa mais sórdida que alguém pode fazer, na escola ou na vida.

EM NOITES SEM LUA, HISTÓRIAS DE TERROR.

EM NOITE SEM LUA, HISTÓRIAS DE TERROR As férias escolares no meu tempo de estudante eram bem diferentes das de hoje em dia. O ano escolar acontecia de março a novembro. Nos meses de férias eu ia para a aldeia. Lá eu esquecia da escola, de seus professores, exames e provas e também de suas tarefas. Esquecia também dos colegas chatos, dos apelidos que eu recebia e das provocações que me dirigiam. A aldeia era algo sensacional para um menino-quase-homem. Lá eu revivia muitos momentos gostosos, reaprendia costumes, palavras, gestos. Retomava a culinária composta por muita mandioca e seus derivados, peixes diversos, carnes de caça, cará, batata doce, inhame e frutas em geral. Também ouvia as histórias dos adultos e dos velhos. Corria no mato e nadava nos rios. Estas são lembranças muito felizes para mim!

Daniel Munduruku em Belo Horizonte.

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Daniel Munduruku em Uberlândia

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Registro de minha passagem por Uberlândia. Imagens de minha conversa com estudantes durante encontro literário. Gostoso bate papo sobre literatura indígena; Estamos em movimento para fazer com que o Brasil conheça e reconheça a literatura que estamos produzindo e que é construída a partir de um pensamento ancestral; Vamos em frente;

Daniel Munduruku na Universidade Federal de Uberlândia - UFU

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Na noite do dia 19 de novembro tive uma gostosa conversa com o público acadêmico da Universidade Federal de Uberlândia. Foi muito especial pela qualidade da plateia e da interação que aconteceu. Apresentei o pensamento que tenho desenvolvido ao longo dos meus 20 anos de atividade literária e social. Muito bom.

BOSTA DE ANTA

Apesar de todo meu esforço eu não conseguia acompanhar os estudos. Não conseguia entender muito bem as coisas que meus professores ensinavam ou queriam ensinar. Para piorar tudo eu levava uma porção de tarefas para casa a fim de treinar, treinar e treinar. Diziam os professores que era a única maneira de aprender: decorar as fórmulas, os lugares, os verbos, as métricas. Isso me aborrecia porque me faziam sentir um burro incapaz de aprender o que todo mundo aprendia com rapidez. Meus pais tentavam me ajudar, mas o que eles poderiam fazer? Nada ou quase nada a não ser me obrigar a treinar, treinar e treinar. Minhas brincadeiras ficavam prejudicadas por causa dessa dificuldade, minhas invenções e jogos paravam; as arapucas não podiam ser observadas para ver se tinham pego alguma sururina. Eu até me sentia culpado porque sabia que minha caça estava a mercê de uma cobra qualquer e sem poder se defender a coitada. Meus irmãos estudavam em outras escolas e também não podiam me ajudar...

PROFESSORA DE PORTUGUÊS

Quando eu entrei na escola meu mundo se dividiu. Antes eu tinha o tempo todo para mim: brincava, corria, nadava no igarapé, subia nas árvores, ia para a roça acompanhar minha mãe, ouvia histórias dos avós, cuidava de minha cutia de estimação. Enfim, o dia não acabava nunca! Quando minha mãe inventou de me colocar na tal escola da cidade para que eu crescesse sabendo mais coisas que ela, o tempo tomou outra dimensão. Na verdade não foi minha mãe que insistiu com a escola, soube disso depois, mas o governo havia criado uma lei que dizia que todas as crianças – inclusive as que moravam nas aldeias – deviam ser matriculadas e frequentar a escola. Era uma condição que não cabia nem questionar naquele tempo. Acostumado a andar pelado pela aldeia, me agoniou usar uma farda e um sapato apertados. Era o início de uma prisão que meu corpo iria ter que se adaptar. Não adiantou reclamar, bater o pé, me esconder na floresta ou fazer birra. A decisão de ir para a escola estava tomada e a esco...

UM AVÔ PARA CHAMAR DE MEU

Avós são seres estranhos. Alguns são muito bonzinhos e outros têm cara de malvados. Tem os que gostam de ser velhos e outros que não querem nem ouvir essa palavra. Parece que não gostam de envelhecer por medo ou por vergonha. Na cidade conheci muitos velhos que não querem ser velhos. Acham que é um defeito ter vivido muito tempo. Tem homens e mulheres com idade avançada, mas insistem em continuar jovens. Eu sempre achei isso um tanto esquisito porque venho de uma tradição em que ser velho é o sonho dos jovens. Nesse lugar o velho gosta de ser velho e faz questão de ser tratado dessa maneira. Ok, vou explicar melhor. Sei que parece confusa essa ideia. Desde cedo a gente aprende a diferenciar as pessoas. Sabemos quem é nosso pai e nossa mãe; nossos tios e tias; irmãos e irmãs, primos e primas; avó e avô. Essa ordem é importante para dar às crianças uma referência espacial. Ela sabe a quem recorrer em caso de precisão. Questão de sobrevivência. Com o passar do tempo a gente vai ...

FELIS - FEIRA DO LIVRO DE SÃO LUÍS/MA

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"TRAGO COMIGO OS SONHOS DE MUITOS: UM BRASIL DE LEITORES" Registro de minha conversa com crianças da rede municipal de São Luís do Maranhão, onde participo da FELIS - Feira do Livro de São Luís. É muito bom encontrar pessoas que compartilham nossos sonhos e lutam por construir um país tolerante, livres das amarras de uma história mal contada. Há muito o que fazer. Há muito pensamento torto para desentortar. Há muitas ideias morando na cabeça da sociedade. Tenho certeza, no entanto, que atuando com esperança conquistaremos novos horizontes. As fotos abaixo mostram o esforço da sociedade. Mostram rostos famintos. Mostram educadores dedicados. Mostram a esperança estampada. É para isso que trabalho e professo minha fé no ser humano.

DANIEL MUNDURUKU CONVERSA COM ESTUDANTES DA ESCOLA COOPEP/PIRACICABA

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Na tarde do dia 06 tive a oportunidade de conhecer e conversar com os estudantes da Escola Cooperativa COOPEP, de Piracicaba. Tal oportunidade se apresentou por conta da Projeto Literatura Viva do SESI. Convite aceito desloquei-me para conversar com uma classe que tinha realizado leitura sobre algumas de minhas obras. Foi uma conversa muito interessante, muito rica e interativa. Além de terem um espaço privilegiado com área verde, os estudantes traziam consigo a alegria do encontro. Fiquei muito feliz em poder conhecer a escola e participar desse rico momento de troca e interação. É, certamente, nesta hora que sinto que o trabalho que realizamos se fortalece e se abastece do desejo de estabelecermos um novo encontro entre os diferentes saberes. Eis abaixo o registro desse encontro. As fotos foram tiradas pela própria escola que me presenteou com elas. Meu agradecimento especial.

LITERATURA VIVA EM SANTA BÁRBARA D'OESTE/SESI

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Neste dia 07 estive na unidade do SESI de Santa Bárbara D'Oeste para uma conversa com jovens do Ensino Médio sobre cultura indígena e sua literatura. Foi uma conversa muito boa, animada, alegre, participativa. Parabéns aos estudantes do SESI e aos educadores que participaram animadamente também. "Trago em mim o sonho de muitos: Um Brasil de Leitores" . No peito, meus amigos de jornada: Instituto Uk'a, Instituto C&A, Polo de Leitura ValeLendo, FNLIJ e Movimento Por Um Brasil Literário.

LITERATURA VIVA/SESI - AMERICANA

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Hoje, dia 06, estive na unidade do SESI/AMERICANA para participar do Projeto Literatura Viva. Foi uma conversa muito agradável com estudantes entre 08 e 09 anos.  Foi muito bom! Carrego comigo o sonho de muitos: a construção de um país de leitores. No peito, meus companheiros de caminhada: Instituto UK'A, Instituto C&A, Polo de Leitura ValeLendo, FNLIJ, Movimento por Um Brasil Literário. Seguem as imagens desse lindo encontro:

LITERATURA VIVA - SESI SUMARÉ

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Neste último dia 06 comecei a percorrer unidades do SESI da região de Campinas participando da edição 2015 do Projeto Literatura Viva. Este projeto consiste em visitas de autores às unidades da instituição para conversar com os estudantes sobre o processo da escrita. Claro que no meu caso estas conversas vão bem além do interesse literário. Eu adoro isso! Segue ecos de minha passagem por Sumaré.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA III JORNADA LITERÁRIA DO VALE HISTÓRICO

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A III Jornada Literária já se aproxima. Entre os dias 23 e 26 de setembro, o Vale Histórico estará recebendo a visita de importantes escritores de literatura infantil e juvenil que virão estreitar os laços com os seus leitores e admiradores. Trazem consigo a bagagem de quem escreve para entreter e educar os olhares infantis e juvenis para perceberem a beleza e as incertezas de um mundo em constante transição. O Instituto Uk'a - Casa dos Saberes Ancestrais se sente orgulhoso em poder contribuir para que este evento aconteça apesar de todas as dificuldades para sua realização. Faz isso porque acredita no poder da leitura literária e na boa vontade dos educadores e gestores em não permitir que o desânimo e a frustração minem sua atuação educadora. Este ano o tema será: "ONDE NASCEM AS HISTÓRIAS?" e objetiva apresentar os mistérios e segredos que envolvem a arte da criação literária. Insistimos, por isso, que todos compareçam para prestigiar este evento que está se tornand...

III Jornada Literária do Vale Histórico

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A III Jornada Literária do Vale Histórico já se aproxima trazendo consigo presenças de importantes escritores para nossa região: Rogério Andrade Barbosa,  Marco Haurélio , Heloisa Prieto,  Ninfa Parreiras ,  Roní Wasiry Guará ,  Tiago Hakiy ,  Cristino Wapichana , Mauricio Negro ,  Valdeck De Garanhuns  e  Volnei Canonica . A programação completa estará disponível em alguns dias. Lembrem que a Jornada Literária é uma proposta do  Instituto Uka - Casa dos Saberes Ancestrais  com o principal objetivo de colocar escritores em contato com os leitores em seu principal local de aprendizado: a escola.

FILHOS DA MESMA FLORESTA

Sou paraense com muito orgulho. Nascido no norte do Brasil trago em mim as marcas da Amazônia, seus cantos, seus ritmos, sua ginga, sua magia e seus dramas. Está tudo em mim e ainda que eu quisesse retirar não conseguiria. O Pará está em mim ainda que hoje não more nele. Ele reverbera em mim no meu jeito de falar, de gesticular; pela farinha de mandioca, pela tapioca, pelo tucupi, pelo tacacá; pelo prato misturado; pelo gingado corporal que me ajuda a dançar o carimbó do mestre Pinduca, o siriá do mestre Verequete; pelas cerâmicas que enfeitam minhas paredes ou pelos cocares de seus povos ancestrais que teimam em me lembrar quem sou eu. Sou paraense porque trago em mim as marcas dos nossos rios, o gosto de nossos peixes, o canto de nossos pássaros, as danças dos antepassados, o caranguejo extraído dos manguezais, o remanso de nossas canoas, barcos, catamarãs e balsas; a crença no saci, na Yara, na mula-sem-cabeça, no fogo fátuo, no curupira, na matintaperera, no vira-porco, no lob...

ACADEMIA DE LETRAS DE LORENA COMPLETA 06 ANOS

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No próximo sábado, dia 22 de agosto, a Academia de Letras de Lorena (ALL) irá completar seis anos de sua fundação. Com uma programação recheada de apresentações culturais, lançamentos de livros com autógrafos de seus autores, os novos eleitos tomarão posse de suas cadeiras completando o quadro da instituição que tem como membro, desde sua fundação, o escritor radicado em Lorena, Daniel Munduruku. O evento é aberto para todos os interessados. Confiram o convite com os dados complementares abaixo: Fonte: Da Redação do Instituto Uk´a.

Senado Federal debate Jogos Mundiais Indígenas

O Senado Federal, através de sua Comissão de Educação, Cultura e Esporte, debateu, na manhã desta quarta-feira, 12, em audiência pública, em Brasília, os aspectos que envolvem a realização dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que acontece em Palmas, de 23 de outubro a 1º de novembro. Na abertura da audiência, o presidente da Comissão, senador Romário (PSB-RJ), falou sobre a importância do evento e confirmou presença na abertura. “O importante não é competir, e sim celebrar. Eu, particularmente, acredito que este mote que permeia os Jogos Mundiais Indígenas deveria permear todo tipo de evento esportivo. Pois não podemos mais pensar o esporte sem ter em vista o intercâmbio de culturas e estímulo à cooperação. Com certeza, estarei em Palmas para o início desta grande competição”, disse. Na sequência, Romário passou a condução dos trabalhos para a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), uma das autoras do requerimento que defendeu uma edição nacional dos Jogos na Bahia. A sena...

Daniel Munduruku na Fundação Roberto Marinho

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Estive na Fundação Roberto Marinho para um agradável bate papo com educadores que estão trabalhando com dois títulos de minha autoria que a prefeitura do Rio de Janeiro adquiriu para os alunos da rede de ensino. A FRM montou um lindo material de apoio para que os educadores possam se aprofundar nos textos e extrair deles sua essência. Os dois livros adquiridos foram Catando Piolhos, Contando Histórias (Brinque Book) e Como Surgiu - Mitos Indígenas (Callis).  Durante dois períodos tive a oportunidade de conversar com os educadores sobre o contexto das sociedades indígenas brasileiras. Fiz-lhes notar que não basta "ler uma história de índio" para que a tarefa educativa esteja cumprida. É necessário, antes de mais nada, contextualizar a realidade onde a história está inserida. Fazer apenas a contação sem oferecer outras informações é repetir estereótipos, maquiar a realidade, empobrecer a experiência de humanidade destes povos ancestrais e continuar tendo uma relação distante ...

UM ÍNDIO EM MINHA CASA - DICA DE LEITURA

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Eis um lindo livro que fala sobre identidade, descoberta, ancestralidade, descobertas e boas reflexões. Minha dica de leitura para professores que desejam trabalhar a temática indígena na sala de aula. Título: Um Índio em Minha casa Autora: Tania Mara de Aquino Editora: Escrita Fina Idade: a partir de 08 anos Conferir o video em https://www.youtube.com/watch?v=gxxFkBCeuXA

MEU VO(O) APOLINÁRIO - Teaser Pré-estreia

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Gravado na pré-estreia do espetáculo  “Meu Vo(o) Apolinário” no teatro da Teresa D´Ávila da cidade de Lorena (SP), para o público do ECOHVALE 2015. O ESPETÁCULO  Com texto original do escritor Daniel Munduruku (Menção Honrosa Pela Não-Violência e Tolerância – outorgado pela UNESCO) e direção de José Sebastião Maria de Souza, “Meu Vo(o) Apolinário” é acima de tudo uma história de sabedoria, ensinamento e auto-conhecimento. Estrelado por Wesley Leal e J. Lopes Índio, o enredo é universal e para todas as idades. Ultrapassa barreiras como as aves. No palco, Leal representa o índio-narrador da história – primeiro filho do de uma grande família Munduruku que nasce na cidade (Belém do Pará). Ele apresenta ao espectador sua vida na escola – onde sofre com as piadas em relação à sua origem indígena – e na aldeia Munduruku – refúgio das férias escolares. Após sofrer uma “desilusão amorosa”, ao ser rejeitado por uma menina do colégio, o garoto vai para a aldeia triste com o aco...

12º Encontro de Escritores Indígenas – Entre Caminhos: Literatura Indígena e Letramento

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12º Encontro de Escritores Indígenas – Entre Caminhos: Literatura Indígena e Letramento Realização: Instituto Uka - Casa dos Saberes Ancestrais Apoio: Instituto C&A e FNLIJ. Seminário FNLIJ Bartolomeu Campos de Queirós Local: 17º Salão Fnlij do Livro para Crianças e Jovens Espaço: Mezanino - Sala A Dias: 16 de junho de 2015. Horário: 9h às 17h30min. Inscrição pelo e-mail: seminario@fnlij.org.br Informações: http:// www.salaofnlij.org.br/ seminario.html?pid=1211&sid =1397%3ASeminario-FNLIJ-Ba rtolomeu-Campos-de-Queiros -12º-Encontro-de-Escritore s-Indigenas-Entre-Caminhos -Literatura-Indigena-e-Let ramento

MEU VÔ APOLINÁRIO - Em cartaz no Teatro Jaraguá SP

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MEU VÔ APOLINÁRIO - Em cartaz no Teatro Jaraguá SP Um belíssimo espetáculo baseado na obra de Daniel Munduruku. Com Wesley Leal e J. Lopes Índio Direção: José Sebastião Maria de Souza Ingressos: www.ingressorapido.com.br Compartilhe. Xipat Oboré!

Salão do livro de Lages

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Neste dia 13 estive em Lages, Santa Catarina, para participar do II Salão do Livro. Foi uma visita rápida por conta da agenda concorrida, mas valeu a pena. O público curtiu bastante a conversa e participou de maneira intensa. Vejam as fotos!!!

Caravana Mekukdradjá na Fábrica de Cultura do Capão Redondo

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No dia 10 de abril estive em visita na Fábrica de Cultura do Capão Redondo para um gostoso bate papo sobre literatura. O público era composto por crianças, jovens e por educadores que ouviram atentamente minha apresentação. Foi muito bom! Seguem as fotos que registraram este lindo momento.

Caravana Mekukradjá na Fábrica de cultura do Jardim São Luís

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Seguem as fotos da Caravana na Fábrica de Cultura do Jardim São Luís. Um gostoso bate papo com as crianças da periferia de São Paulo ocorrido no dia 09 de abril.

Caravana Mekukradjá - Literatura Indígena em Movimento

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O mês de abril começou com toda força e já estou na estrada procurando difundir a literatura indígena. Vou procurar deixar registradas aqui imagens destas atividades para que meus amigos possam acompanhar essa jornada. A primeira atividade que realizei foi participar do Abril Indígena em Salvador onde fiz a abertura deste evento que contou com a participação de muitos estudantes indígenas que estudam na Universidade Federal da Bahia. No dia seguinte ministrei uma oficina com estes mesmos estudantes para falar sobre criação literária. Abaixo o relatório de atividade feito por Vanessa, uma das alunas participantes. Seguem as fotos

Vamos Brincar de Índio?

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O mês de abril traz em seu bojo o fato de lembrar do “índio”, o folclórico e legendário primeiro habitante do Brasil. Em muitas escolas os professores irão dedicar boas horas letivas para inculcar nas crianças ideias preconcebidas a respeito do nativo brasileiro. Talvez se encontre entre eles quem ainda acredite ser o silvícola um ser fora de moda e longe d os padrões econômicos em que vive. Este irá reproduzir antigas falas sobre o atraso tecnológico, a preguiça, o canibalismo e a selvageria. Haverá quem tenha ultrapassado essa visão tacanha e se preocupe em mostrar a outra face da moeda quem sabe até dando voz e vez aos primeiros habitantes. Haverá de tudo, certamente.

Das Coisas que aprendi - Entrevista com Daniel Munduruku

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8 DE MARÇO DE 2015  /  FRANCÉLIA PEREIRA Daniel Munduruku  é um nome que se destaca dentro da Literatura Indígena brasileira e é uma voz de destaque não só para os povos indígenas tradicionais do Brasil, mas do mundo todo; pois suas palavras não se restringem a questões exclusivas do povo Munduruku, elas expressam uma essência humana que vem se perdendo na proporção em que a “cultura” capitalista ganha espaço.

SAUDADES DE CASA

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Acordei com saudade de casa. Não com é saudade de gente, mas de lugar. Saudade do cheiro da chuva das três horas. Saudade do calor ventilado. Saudade do canto das araras voando sobre as mangueiras recheadas de magia. Senti saudade do Theatro da Paz e da praça Batista Campos, um oásis de minha infância. Saudade do açaí com pirarucu na tigela. Do tacacá ao meio dia. Saudade de ver-o-peso e ver as belezas naturais. Saudade do boto e do peixe-boi. Fechei os olhos e me vi lá banhando nos igarapés de minha criancice; subindo nas árvores gigantes, meu orgulho. Fui até meu maracanã, aldeia de outrora, para encontrar-me com os meus amigos invisíveis que habitavam o lugar. Banhei na chuva fina. Me lambuzei na lama. Corri no mato empunhando arco, flechas e sonhos. Hoje acordei com saudade de casa. Me deu vontade de cantar para o uirapuru, imitar a Yara, gargalhar como o Curupira e encantar como o boto. Senti ausência do saber sagrado. Do silêncio do silêncio. Do farfalhar miúdo das folh...

FICHA DE INSCRIÇÃO PARA O ECOHVALE - 1º ENCONTRO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DO VALE DO PARAÍBA

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ORIENTAÇÕES PARA EFETIVAR AS INSCRIÇÕES NO ECOHVALE 1] É obrigatório o preenchimento de todos os dados solicitados na ficha; 2] Só será considerado inscrito no ECOHVALE  quando for confirmado o pagamento dentro do prazo estabelecido (comprovante digitalizado de depósito, informação sobre número da operação ou fotografia do comprovante anexado ao email); 3] O pagamento dá direito a participar de todas as atividades abertas e a uma oficina. Caso deseje participar de uma segunda oficina, o inscrito deverá pagar uma taxa extra de R$ 10,00 (inscrições antecipadas); 4] O inscrito só poderá optar por participar de duas atividades dirigidas (maratona de contação de histórias, redemoinho de histórias, contação de histórias na Bibliuka, contação na biblioteca municipal) sendo uma de livre escolha e outra por indicação da organização; 5] As vagas são limitadas e estarão garantidas mediante comprovação de inscrição. Lembramos que as atividades abertas (palestras, shows...