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Mostrando postagens de janeiro 18, 2008

Índios protestam contra instalação de igreja em aldeia

Funai decidiu "defender a forma tradicional" de organização dos indígenas. Índios de Mato Grosso do Sul pedem à Fundação Nacional do Índio (Funai) a retirada das igrejas de dentro das áreas de reserva. Parte dos índios das aldeias de Panambi e Panambizinho não quer a instalação de uma igreja na área da reserva. Eles temem a perda da identidade cultural com o estímulo a uma tradição que não faz parte dos costumes da aldeia. Para um cacique, se uma igreja for instalada, vai ser difícil evitar que representantes de outras religiões também queiram garantir espaço na aldeia. O assunto gerou polêmica porque um grupo de indígenas costuma freqüentar os cultos religiosos. "Nós estamos aqui e nunca saiu briga, nada, só alegria e paz no coração", afirma o representante da igreja, Donizete Capilé. Margarida Nicoletti, administradora regional da Funai, foi chamada para acabar com o impasse. Depois de ouvir os índios, ela tomou uma decisão. "A Funai vai trabalhar para tirar ...

Ato da OAB terá abraço simbólico às causas indígenas

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, com apoio da administração regional da Fundação Nacional do índio (Funai), estará realizando no próximo dia 18 (sexta-feira), o "Abraço Intercultural Indígena pela Paz". Previsto para às 9 horas, o ato será marcado por dois abraços à sede da OAB-MS, sendo o primeiro a de índios, e o segundo, simultâneo, de advogados em torno dos índios. Na última semana, o presidente da Seccional, Fábio Trad, e a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da própria OABMS, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, reuniram-se com o administrador regional da Funai para o Baixo Pantanal, Claudionor do Carmo Miranda, acertando os detalhes do evento, que também é apoiado pela Comissão Especial de Assuntos Indígenas da Ordem no Estado. O objetivo do abraço, segundo o presidente da OAB-MS, Fábio Trad, é chamar a atenção dos poderes públicos e da sociedade de um modo geral, para a crescente onda de violência entre os povos indígenas...

Dom Song coordena a mais indígena diocese do país, em cidade no rio Amazonas

Da longínqua São Gabriel da Cachoeira, no rio Amazonas, para Piracicaba. O bispo chinês dom José Song Sui Wan é coordenador da Diocese de São Gabriel da Cachoeira, considerada a mais indígena dos municípios brasileiros, com mais de 80 mil índios de 22 tribos diferentes. O religioso está no município desde o final de dezembro, em tratamento médico para cura de malária e aproveita o tempo livre para ir no colégio Dom Bosco, da família Salesiana da qual faz parte. "Já havia vindo aqui umas cinco vezes e acho uma cidade encantadora, palco de um povo muito hospitaleiro. Um padre amigo me havia indicado a cidade para repouso e ele estava certo". No alto dos seus 66 anos, o religioso chinês deve ficar em terras piracicabanas até o final do mês, quando retorna para a diocese que tem área superior a de todo o Estado de São Paulo. Dom Song coordena a segunda maior diocese indígena, atrás apenas da Diocese do Xingu. "Porém, a nossa diocese tem um número maior de índios", diz a...

Índios de cinco etnias estão na Artnor

Os povos indígenas são os principais homenageados da 14ª edição da Feira Internacional de Artesanato no Nordeste - ARTNOR. Além da ambientação, que traz ícones da tradição e cultura dos índios, uma pequena oca montada no centro da feira abriga representantes de cinco tribos brasileiras - Kariri Xocó, Xukuru Cariri e Karapotó, de Alagoas; Pataxó, da Bahia; e Terena, do Mato Grosso do Sul. Enquanto conhecem um pouco mais da cultura indígena, os visitantes podem comprar colares, brincos, instrumentos de caça, pesca e objetos de decoração confeccionado pelos índios. O representante do Movimento Indígena Nacional, Mateus Terena, é um dos participantes da ARTNOR. Segundo Terena, a iniciativa de apoiar e incentivar o povo indígena numa feira internacional reforça o compromisso do Sebrae em promover inserção do artesão, mesmo que ele seja índio, com o mercado consumidor. Estudante de Antropologia pela Universidade Federal de Brasília (UNB), Mateus Terena, compreende que, mesmo com a interferên...

Número de assassinatos de índios aumenta 60% em 2007, revela Cimi

Pelo menos 76 índios foram assassinados no Brasil em 2007, revela levantamento preliminar do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O número supera em quase 60% os dados de 2006, quando havia sido registrado, até então, o maior número de crimes fatais da década contra integrantes de tribos indígenas. Com 48 índios assassinados, Mato Grosso do Sul foi o estado com o maior número de mortes no ano passado. Esse número equivale ao total de homicídios desse tipo cometidos no país em 2006. Em segundo lugar nas estatísticas, aparece Pernambuco, com oito mortes nos últimos 12 meses. Os números divulgados pelo Cimi incluem casos que receberam destaque da imprensa brasileira. Entre eles, o do líder guarani-kaiowá Ortiz Lopes, morto a tiros em Mato Grosso do Sul, e do cacique Joaquim Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, também baleado de forma fatal no Maranhão. O levantamento completo sobre violência contra povos indígenas deve ser divulgado em abril. Além de detalhar os casos de homicídio,...