Antropólogo: estudo não é jogo de cartas marcadas por índios
A identificação de áreas indígenas desperta reações contrárias da classe produtiva. Em Mato Grosso do Sul, onde 45 mil índios reivindicam mais espaço, os fazendeiros taxam como "viciado" o trabalhos dos especialistas responsáveis pelos estudos. O antropólogo Rubem Thomaz de Almeida, que há 30 anos estuda a região, garante que os levantamentos feitos para embasar as demarcações pelo governo federal não são um jogo de cartas marcadas a favor dos indígenas. Ele atribui a "desconhecimento de causa" as críticas dos ruralistas. "É necessário que eles fazendeiros entendam que o estudo não vem definido. Em estudos passados, inclusive, deixamos de incluir área porque não tínhamos argumentos nem dados suficientes para colocar espaços como terra indígena. É fundamental realizar os estudos para que o governo possa atuar e decidir um problema social gigantesco, que são 45 mil índios que estão ali sem terra, sem ter onde plantar", afirmou Almeida. "Temos atr...