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Mostrando postagens de fevereiro 2, 2010

Medo, violência e abandono = Aldeias de Dourados

Wilson Matos da Silva* No dia 20 de dezembro de 2009, a comunidade indígena da Aldeia Jaguapiru foi às urnas para eleger seus representantes com o objetivo expurgar pseudo-líderes impostos a nós índios, por instituições governamentais que têm o dever institucional de zelar pelo bem comum dos nossos povos. Os falsos líderes são membros da nossa comunidade, cooptados ou arregimentados com objetivos diversos, quais sejam: massa de manobra, "sinuelos" a serviço de currais eleitorais, e, pasmem, até para legitimar desmandos e desvios perpetrados em detrimento do bem estar das comunidades indígenas. Um desses exemplos foram as casas de chocolate: o prédio que abrigava a Escola Estadual Guateka, feito de pau a pique coberta com sapé que durou pouco mais de dois anos (substituída por uma de alvenaria, neste governo). A comunidade participou em massa e escolheu a chapa vencedora composta apenas por jovens todos com curso superior. O estranho é que as jovens lideranç...

Índios recorrem à ONU para frear transposição do Rio São Francisco

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"O impacto dessas obras em nossos povos ameaça nossa sobrevivência", afirmou Manuel Uilton dos Santos, líder do povo Tuxá"     01/02/10 às 18:26   |  Agência Estado Índios brasileiros e ONGs pedem à ONU ajuda para frear as obras de transposição do Rio São Francisco. Hoje, o grupo entregou a relatores das Nações Unidas um estudo sobre o impacto ambiental e social do projeto e apelou para que a entidade pressione o Supremo Tribunal Federal para que suspenda as obras e avalie a posição dos indígenas.  e integrante do grupo que viajou até Genebra. A delegação ainda contou com membros da Comissão Nacional dos Professores Indígenas, do Conselho Indigenista Missionário e da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, entre outras entidades. Os relatores da ONU avaliarão agora os documentos entregues pelo grupo, que ...

Enchente atinge acampamento indígena em MS

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Alagamento contaminou água de poços abertos pelos índios. Fazendeiros donos da terra ajudam com a alimentação. Do G1, em São Paulo, com informações da TV Morena Foto: Reprodução/TV Morena Enchente atinge acampamento indígena em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/TV Morena) Índios que estão acampados há cinco meses às margens da BR-163, no município de Rio Brilhante (MS), enfrentam prejuízos com o excesso de chuva. Muitas barracas foram atingidas pela enchente. Os donos da área que eles ocupam ajudam com a alimentação. Com o alagamento, a água dos poços abertos pelos índios e que era usada na alimentação ficou contaminada. “Existe um desnível muito grande, eles estão dentro de um buraco”, diz o produtor rural José das Neves Junior. ...

Reação de índios e ribeirinhos à construção de usina no Xingu é imprevisível, diz bispo

O presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, afirmou hoje (1º) que é imprevisível a reação dos povos indígenas e das populações ribeirinhas contrárias ao projeto da Hidrelétrica de Belo Monte, se a usina for realmente construída no Rio Xingu, no Pará. "Esse povo vai chorar, vai gritar, vai se levantar", disse o bispo, durante debate sobre a construção da usina.De acordo com dom Erwin, que também é bispo de Xingu, não se descarta a possibilidade de os índios e os ribeirinhos recorrerem à violência para protestar contra a remoção da área, por causa do alagamento de suas casas. "Eu peço a Deus que a violencia não aconteça", afirmou o religioso. A Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, é um dos principais projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Dom Erwin disse que, para os índios, sair da região teria um impacto ainda maior do que para os ribeirinhos, devido à relação cultural que el...