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Mostrando postagens de abril 21, 2010

Museu de Pré-História Casa Dom Aquino dá início ao III Encontro Indígena

Da Redação Para nós todo dia é dia do índio”. Esta frase é do indígena Márcio Parameriri, da etnia Bororo, que integrou a mesa redonda que deu início as atividades do III Encontro Indígena, que acontece hoje (19.04), no Museu de Pré-História Casa Dom Aquino, em celebração ao Dia do Índio. Compondo a mesa junto a ele estavam Suzana Hirooka, coordenadora da Casa Dom Aquino, os indígenas Onizokaece (Paresi), Yamalui (Kuikuro), Tuínaki (Karajá), Tserité (Xavante) e representando a Secretaria de Estado de Cultura, o secretário Oscemário Daltro, a coordenadora de Ações Artístico-Cultural, Ana Moreira, e a coordenadora de Patrimônio Histórico, Maria Antúlia. O Encontro teve início logo pela manhã, conforme a programação, com a abertura da Academia dos Saberes Indígenas. Márcio destaca que este será um espaço democrático aberto para todas as etnias participar e contribuir. De acordo com ele, esta ação é importante por se preocupar em registrar a memória e riqueza da cultura indígena. “O povo

A milenar arte de educar dos povos indígenas

Daniel Munduruku · Lorena, SP 19/04/2010 Educar é dar sentido. É dar sentido ao nosso estar no mundo. Nossos corpos precisam desse sentido para se realizar plenamente. Mas também nossos corpos são vazios de imagens e elas precisam fazer parte da nossa mente para possamos dar respostas ao que se nos apresenta diuturnamente como desafios da existência. É por isso que não basta dar alimento apenas ao corpo, é preciso também alimentar a alma, o espírito. Sem comida o corpo enfraquece e sem sentido é a alma que se entrega ao vazio da existência. A educação tradicional entre os povos indígenas se preocupa com esta tríplice necessidade: do corpo, da mente e do espírito. É uma preocupação que entende o corpo como algo prenhe de necessidades para poder se manter vivo. Esta visão de educação é sustentada pela idéia de que cada ser humano precisa viver intensamente seu momento. A criança indígena é, então, provocada para ser radicalmente criança. Não se pergunta nunca a ela o que pretende ser