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Mostrando postagens de janeiro, 2008

Funai promove Patrimônio Cultural Indígena dos povos do Mato Grosso

Ampliando as políticas de proteção e promoção dos povos indígenas, A Fundação Nacional do Índio (Funai), com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), revitaliza e amplia o Ikuiapá – Centro de Preservação e Difusão do Patrimônio Cultural Indígena, em Cuiabá. O lançamento do projeto será feito pelo Presidente da Funai, Márcio Meira, no dia 22 de janeiro. O objetivo é transformar o espaço em um ambiente de afirmação cultural para as 42 etnias do estado, além de ser referência na manutenção da identidade, memória e tradições dos povos indígenas. Fundado em 2002, o Ikuiapá é formado por Biblioteca dos Povos Indígenas, Acervo Etnográfico com 1.700 artefatos e Setor de Documentação, além de uma Loja Artíndia que, vinculada à Coordenação-Geral de Artesanato da Funai (CGART), incentiva a produção e comercializa o artesanato, promovendo geração de renda para os povos indígenas. Com a proposta de revitalização, a Funai pretende expandir as atividades do Centro de P...

Pistas clandestinas poderão atender índios, sugere Funasa

O Ministério da Justiça poderá rever o programa de destruição de pistas de pouso clandestinas e preservar as que servem para transporte de medicamentos e vacinas para comunidades indígenas e outras áreas remotas na Amazônia. A medida, sugerida pela Funasa, será analisada pelo ministério, em conjunto com o Ministério da Defesa, o Comando do Exército e a Polícia Federal, órgão encarregado de dinamitar as pistas, conforme afirmou ontem o ministro da Justiça, Tarso Genro. Mas ele faz um alerta: "Onde houver possibilidade de se criar um esquema de controle eficaz, não vejo problema, mas o governo não vai permitir o uso de aeroportos ilegais para tráfico de drogas, o roubo da nossa biodiversidade e a ocupação ilegal do nosso território por interesses estranhos ao País". O programa de destruição de pistas clandestinas foi deflagrado em 2005 e desde então, já foram dinamitadas mais de cem pistas, várias em terras indígenas e área de preservação ambiental - OESP, 23/1, Nacional, p.A10...

Funai alerta para contaminação de grupos isolados do Vale do Javari

A possibilidade de contaminação por doenças infecto-contagiosas dos indígenas que vivem sem contato com a sociedade no Vale do Javari (AM) representa motivo de preocupação, afirma o coordenador do Departamento de Índios Isolados da Funai, Elias Biggio. Isso porque o local concentra o maior número e a maior diversidade de grupos de índios isolados do país. Dos 69 grupos conhecidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai), 16 estão no Javari. Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia, Biggio explicou que povos isolados são aqueles que não mantêm contato regular com a sociedade. Atualmente, a política da Funai é a de não tentar aproximação com esses grupos e uma das razões principais é justamente o risco de transmissão de doenças. "Hoje não fazemos contato (com as populações isoladas) porque vimos quanto é nefasto e problemático”, explica. “Sempre que se fazia contato havia muitas mortes. Os sertanistas e indigenistas se sentiam vitoriosos quando 50%...

AQUI COMEÇA O BRASIL

José Ribamar Bessa Freire 20/01/2008 - Diário do Amazonas Chove forte na fronteira do Brasil, Peru e Colômbia. No hospital de Benjamin Constant (AM), no rio Javari, o vigia cochila. Seu radinho de pilha sintonizado na Nova Onda FM 104.9 anuncia a logomarca da emissora: “Aqui começa o Brasil”. Um relâmpago risca o céu escuro. O trovão acorda vários doentes, que ouvem, então, Abílio Faria cantando ‘Hoje eu quero você’, sob o patrocínio do Açougue Coelho e do “Frigorífico do nosso amigo Totó”. Era a madrugada de terça-feira, 13 de novembro de 2007. Naquele mesmo instante, num leito do hospital, a índia Kokama Alexandrina Cauamare, de 105 anos, indiferente ao trovão, permanece dormindo. Não ouve, na seqüência da programação, a música brega ‘O dia em que a alegria me disse adeus’ de Reginaldo Rossi. É que seu sono não tem mais volta. “Ela morreu que nem um passarinho, mas não foi de baladeira, morreu em paz”, conta sua neta Necy Silva de Souza. Com ela, desaparece um dos últimos cem falante...

A LIÇÃO DO RIO

A LIÇÃO DO RIO (à Leila Santos) E o RIO corre sozinho. Vai seguindo seu caminho. Não necessita ser empurrado. Pára um pouquinho no remanso. Apressa-se nas cachoeiras. Desliza de mansinho nas baixadas. Precipita-se nas cascatas, Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho. Sabe que há um ponto de chegada. Sabe que seu destino é para a frente. O rio não sabe recuar. Seu caminho é seguir em frente. É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar. O mar é sua realização. É chegar ao ponto final. É ter feito a caminhada. É ter realizado totalmente seu destino. A vida da gente deve ser levada do jeito do rio. Deixar que corra como deve correr. Sem apressar e sem represar. Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras. Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de chegada. A vida é como o rio. Por que apressar? Por que correr se não há necessidade? Por que empurrar a vida? Por que chegar antes de se partir? Toda natureza não tem pressa....

Injustiça e descaso marcam a relação do estado brasileiro com os povos indígenas da Raposa Serra do Sol

Nota do Conselho Indígena de Roraima sobre o descaso do Governo Brasileiro para com a solução definitiva para os conflitos que acontecem na área Raposa Serra do Sol. A falta de comprometimento do Estado brasileiro com os povos indígenas da Raposa Serra do Sol (RSS) faz-se evidente com a não - implementação do Decreto Presidencial de homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RSS) de 2005 e agrava-se com o quadro de violência, impunidade e crescente discriminação racial contra os povos indígenas na região. Apesar de demarcada, a terra indígena RSS permanece sendo ocupada de maneira ilegal. A falta de ação do Estado obriga os povos indígenas a conviverem com ocupantes não-indígenas extremamente hostis, que por meio da violência forçam sua permanência, ainda que ilegal, na terra indígena. Os ocupantes ilegais da RSS não apenas intimidam e agridem física e verbalmente os membros das comunidades indígenas, destroem o meio-ambiente e geram conflitos; como também ameaçam - com o uso ...

'Não precisamos de grandes projetos para Amazônia'

Entrevista com Sydney Possuelo: sertanista Na avaliação de Possuelo, Mangabeira repetiu discursos que agradam a setores conservadores da economia dos EUA Leonencio Nossa, BRASÍLIA As propostas do ministro Roberto Mangabeira Unger para a Amazônia, como construir aquedutos para o Nordeste, não são vistas como idéias mirabolantes ou inovadoras de um doutor de Harvard. Um dos ativistas que mais conhecem a Amazônia, o sertanista Sydney Possuelo, avalia que ele repete discursos velhos e preconceituosos que agradam a setores conservadores da economia dos Estados Unidos. "Seu projeto me parece uma coisa importada e totalmente deslocada no contexto nacional", critica. "Queremos um progresso que não destrua a soberania nacional e a floresta. O projeto só legaliza o saque da Amazônia." Possuelo aproveita para elogiar o trabalho do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. Para ele, Meira é uma boa surpresa do governo Lula. "Não precisamos de grandes ...

Índios protestam contra instalação de igreja em aldeia

Funai decidiu "defender a forma tradicional" de organização dos indígenas. Índios de Mato Grosso do Sul pedem à Fundação Nacional do Índio (Funai) a retirada das igrejas de dentro das áreas de reserva. Parte dos índios das aldeias de Panambi e Panambizinho não quer a instalação de uma igreja na área da reserva. Eles temem a perda da identidade cultural com o estímulo a uma tradição que não faz parte dos costumes da aldeia. Para um cacique, se uma igreja for instalada, vai ser difícil evitar que representantes de outras religiões também queiram garantir espaço na aldeia. O assunto gerou polêmica porque um grupo de indígenas costuma freqüentar os cultos religiosos. "Nós estamos aqui e nunca saiu briga, nada, só alegria e paz no coração", afirma o representante da igreja, Donizete Capilé. Margarida Nicoletti, administradora regional da Funai, foi chamada para acabar com o impasse. Depois de ouvir os índios, ela tomou uma decisão. "A Funai vai trabalhar para tirar ...

Ato da OAB terá abraço simbólico às causas indígenas

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, com apoio da administração regional da Fundação Nacional do índio (Funai), estará realizando no próximo dia 18 (sexta-feira), o "Abraço Intercultural Indígena pela Paz". Previsto para às 9 horas, o ato será marcado por dois abraços à sede da OAB-MS, sendo o primeiro a de índios, e o segundo, simultâneo, de advogados em torno dos índios. Na última semana, o presidente da Seccional, Fábio Trad, e a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da própria OABMS, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, reuniram-se com o administrador regional da Funai para o Baixo Pantanal, Claudionor do Carmo Miranda, acertando os detalhes do evento, que também é apoiado pela Comissão Especial de Assuntos Indígenas da Ordem no Estado. O objetivo do abraço, segundo o presidente da OAB-MS, Fábio Trad, é chamar a atenção dos poderes públicos e da sociedade de um modo geral, para a crescente onda de violência entre os povos indígenas...

Dom Song coordena a mais indígena diocese do país, em cidade no rio Amazonas

Da longínqua São Gabriel da Cachoeira, no rio Amazonas, para Piracicaba. O bispo chinês dom José Song Sui Wan é coordenador da Diocese de São Gabriel da Cachoeira, considerada a mais indígena dos municípios brasileiros, com mais de 80 mil índios de 22 tribos diferentes. O religioso está no município desde o final de dezembro, em tratamento médico para cura de malária e aproveita o tempo livre para ir no colégio Dom Bosco, da família Salesiana da qual faz parte. "Já havia vindo aqui umas cinco vezes e acho uma cidade encantadora, palco de um povo muito hospitaleiro. Um padre amigo me havia indicado a cidade para repouso e ele estava certo". No alto dos seus 66 anos, o religioso chinês deve ficar em terras piracicabanas até o final do mês, quando retorna para a diocese que tem área superior a de todo o Estado de São Paulo. Dom Song coordena a segunda maior diocese indígena, atrás apenas da Diocese do Xingu. "Porém, a nossa diocese tem um número maior de índios", diz a...

Índios de cinco etnias estão na Artnor

Os povos indígenas são os principais homenageados da 14ª edição da Feira Internacional de Artesanato no Nordeste - ARTNOR. Além da ambientação, que traz ícones da tradição e cultura dos índios, uma pequena oca montada no centro da feira abriga representantes de cinco tribos brasileiras - Kariri Xocó, Xukuru Cariri e Karapotó, de Alagoas; Pataxó, da Bahia; e Terena, do Mato Grosso do Sul. Enquanto conhecem um pouco mais da cultura indígena, os visitantes podem comprar colares, brincos, instrumentos de caça, pesca e objetos de decoração confeccionado pelos índios. O representante do Movimento Indígena Nacional, Mateus Terena, é um dos participantes da ARTNOR. Segundo Terena, a iniciativa de apoiar e incentivar o povo indígena numa feira internacional reforça o compromisso do Sebrae em promover inserção do artesão, mesmo que ele seja índio, com o mercado consumidor. Estudante de Antropologia pela Universidade Federal de Brasília (UNB), Mateus Terena, compreende que, mesmo com a interferên...

Número de assassinatos de índios aumenta 60% em 2007, revela Cimi

Pelo menos 76 índios foram assassinados no Brasil em 2007, revela levantamento preliminar do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O número supera em quase 60% os dados de 2006, quando havia sido registrado, até então, o maior número de crimes fatais da década contra integrantes de tribos indígenas. Com 48 índios assassinados, Mato Grosso do Sul foi o estado com o maior número de mortes no ano passado. Esse número equivale ao total de homicídios desse tipo cometidos no país em 2006. Em segundo lugar nas estatísticas, aparece Pernambuco, com oito mortes nos últimos 12 meses. Os números divulgados pelo Cimi incluem casos que receberam destaque da imprensa brasileira. Entre eles, o do líder guarani-kaiowá Ortiz Lopes, morto a tiros em Mato Grosso do Sul, e do cacique Joaquim Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, também baleado de forma fatal no Maranhão. O levantamento completo sobre violência contra povos indígenas deve ser divulgado em abril. Além de detalhar os casos de homicídio,...

Empreendedorismo indígena

O Brasil terá em julho sua primeira conferência de empreendedorismo indígena. O evento já teve duas edições. Foi criado por Raul Gouvêa, economista brasileiro com doutorado pela Universidade de Illinois, hoje professor da Universidade do Novo México. A idéia nasceu do contato com alunos de origem indígena. Nesta edição, Gouvêa espera reunir, no Amazonas, pelo menos 350 pessoas entre empresas privadas, ONGs, órgãos multilaterais e representantes indígenas do Brasil e do exterior. "Para produzir mel ou uma fruta, é preciso formalizar o canal de distribuição. Vamos discutir problemas, fomentar parcerias e procurar soluções", diz. Na pauta, estão projetos de educação à distância, ecoturismo, biopirataria, patenteamento e a venda online de produtos indígenas - O Globo, 16/1, Negócios e Cia, p.28.