O Brasil terá em julho sua primeira conferência de empreendedorismo indígena. O evento já teve duas edições. Foi criado por Raul Gouvêa, economista brasileiro com doutorado pela Universidade de Illinois, hoje professor da Universidade do Novo México. A idéia nasceu do contato com alunos de origem indígena. Nesta edição, Gouvêa espera reunir, no Amazonas, pelo menos 350 pessoas entre empresas privadas, ONGs, órgãos multilaterais e representantes indígenas do Brasil e do exterior. "Para produzir mel ou uma fruta, é preciso formalizar o canal de distribuição. Vamos discutir problemas, fomentar parcerias e procurar soluções", diz. Na pauta, estão projetos de educação à distância, ecoturismo, biopirataria, patenteamento e a venda online de produtos indígenas - O Globo, 16/1, Negócios e Cia, p.28.
MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...
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