SOBRE COPAS, COZINHAS E COBERTURAS

Hoje queria falar da cobertura da copa do mundo. No meu artigo anterior quis fazer uma análise sobre o momento que vivemos aproveitando as questões que me pareceram relevantes. Não toquei na questão da abertura do evento porque considerei de uma pobreza extrema. Achei sem criatividade, sem identidade, sem molejo. Não vi a cara do Brasil sendo mostrada naquele momento. Até mesmo a cobertura televisiva considerei um fiasco. Por isso mesmo não comentei a principal imagem daquela cobertura: o mascote da literatura indígena empunhando uma faixa em que pedia demarcação das terras indígenas. A cobertura televisiva não mostrou esse momento, como não mostrou a vitória da ciência brasileira sobre a impossibilidade de alguém andar. Isso porque não mostrou que há ciência em terras tupiniquins. Escondeu nosso neurocientista maior e escondeu nosso menino Guarani que, como um bom atacante, driblou a guarda da FIFA e mostrou ao mundo a angústia dos indígenas brasileiros: sua luta pelo direito aos...