Pular para o conteúdo principal

INSTITUTO C&A PROMOVE AÇÕES DE INCENTIVO À LEITURA NO 12º SALÃO DO LIVRO PARA CRIANÇAS E JOVENS NO RJ

Organização terá um estande dedicado ao "Movimento por um Brasil Literário"; e apoiará o 7º Encontro de Escritores Indígenas

Pelo quarto ano consecutivo, o Instituto C&A, que há 19 anos atua para a melhoria da qualidade da educação no Brasil, irá apoiar o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, que ocorre entre os dias 9 e 19 de junho, no Centro Cultural da Ação da Cidadania, no Rio de Janeiro. Nesta 12ª edição do evento, o Instituto C&A irá participar de debates sobre a importância de formar novos leitores no país - o que vai ao encontro da sua proposta de promoção da leitura entre crianças e adolescentes brasileiros.

Na abertura ao público (dia 9/06, quarta-feira), às 15h30, haverá a mesa "Formando Leitores: experiências e desafios", para discutir experiências de sucesso na formação de leitores, com a mediação da Secretária Geral da FNLIJ, Beth Serra, e presença da gerente da área Educação, Arte e Cultura do Instituto C&A, Áurea Alencar. Participarão os professores selecionados no concurso "Escola de Leitores", realizado no Rio de Janeiro pelo Instituto C&A, em2009, em parceria com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). O concurso selecionou projetos de sete escolas públicas envolvendo o tema leitura literária. No debate, os professores apresentarão os desafios, avanços e os primeiros resultados de seus projetos na formação de novos leitores.

Movimento Brasil Literário

O Instituto C&A também montará um estande no Salão do Livro sobre o "Movimento por um Brasil Literário", um espaço de mobilização e conscientização da importância da leitura literária no país, principalmente entre jovens e crianças.

O público ainda poderá aderir ao "Manifesto por um Brasil Literário", documento que já conta com mais de 3 mil participantes - lançado na Flip do ano passado - e que deu origem ao Movimento. O principal objetivo é ajudar a fazer do Brasil um país de leitores.

Encontro de Escritores Indígenas

Nesta edição, o Instituto C&A também apoiará - pelo terceiro ano consecutivo - o 7º Encontro de Escritores e Artistas Indígenas, que acontecerá no contexto do Salão FNLIJ, e terá como tema "Palavra da Cidade, Palavra da Floresta: Literatura Indígena em contexto urbano". Os escritores indígenas terão um estande no Salão, no qual realizarão atividades culturais com crianças e atividades artísticas.

No dia 18/06 (sexta-feira), haverá ampla programação envolvendo cerca de 25 escritores indígenas de diversas tribos brasileiras. Eles irão comentar suas obras, promover saraus de poesias indígenas e participar de mesas de debates sobre a compreensão da identidade do país e a presença indígena no Brasil.


Veja a seguir a programação do dia 18/06:

Período da Manhã
Ritual e apresentação dos convidados
Mesa 01: "Vozes da cidade, memórias da floresta"
Discussão sobre o papel da memória na elaboração da literatura indígena em contexto urbano.
Mediação: Ailton Krenak

Intervalo: Sarau de poéticas indígenas com Carlos Tiago, Graça Graúna e Cristino Wapichana

Mesa 02: "Educação urbana em contexto de aldeia: pontes e contrapontos"
Discussão sobre atuação dos indígenas no contexto urbano. Como esta prática pode interferir na formação de leitores e escritores entre os indígenas.
Mediação: Darlene Taukane

Período da Tarde

Sorteios de livros e arte indígena
Mesa 03: "A Escrita, a História e as trilhas para o futuro"
Discussão sobre os caminhos para a produção intelectual indígena tendo a literatura como instrumento no fomento das capacidades individuais dos jovens indígenas.
Mediação: Manoel Moura

Mesa 04: Arte indígena e influências urbanas

Discussão sobre a inserção dos artistas indígenas no mundo urbano e como ocorre seu processo criativo.
Mediação: Cristino Wapichana

Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens

O 12º Salão FNLIJ promove, durante 12 dias, uma variedade de encontros do público com os principais escritores e ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. O evento reunirá 71 editoras, que apresentarão seus lançamentos. Vários bate-papos com escritores e ilustradores já estão agendados para todos os dias, além de um seminário que acontece nos dias 16, 17 e 18 no auditório local. O evento conta também com novidades como a Biblioteca para bebês, a realização do 1º Encontro Nacional do Varejo do Livro Infantil e Juvenil e a homenagem à Coréia do Sul.

O Salão da FINILIJ tem o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, e apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação.

SERVIÇO

12º SALÃO FNLIJ PARA CRIANÇAS E JOVENS
Local: Centro Cultural da Ação da Cidadania
Endereço: Av. Barão de Tefé 75 - Saúde - / 2253-8177
Horário: De 9 a 19 de junho.
Segunda à sexta, das 8h30 às 18h; Sábados e domingos, das 10h às 20h.
Valor do ingresso: R$ 4 (gratuidade para maiores de 65 anos, portadores de deficiência, professores da rede municipal e instituições que trabalham com crianças e jovens de comunidades de baixa renda, pré-agendadas com a FNLIJ).

Comentários

  1. Dani: parabens pelo postado; levei essas informaçoes para o meu blog. Paz em Ñaderu.

    ResponderExcluir
  2. Oi Daniel!
    Gostei muito do seu Blog. As tuas colocações são muito bem pontuadas e de suma importância. Achei excente os temas das discussões e das mesas que serão desenvolvidas no Encontro de Autores Indígenas.
    Gostaria de saber se você acredita que através da literatura Indígena é possível fazer com que a sociedade tenha um outro olhar sobre a diversidade da cultura indígena?

    A sua crônica "A milenar arte de educar os povos indígenas" é excelente!
    Parabéns!
    Um abraço, Heloisa Haubman / RS

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A FORÇA DE UM APELIDO

A força de um apelido [Daniel Munduruku] O menino chegou à escola da cidade grande um pouco desajeitado. Vinha da zona rural e trazia em seu rosto a marca de sua gente da floresta. Vestia um uniforme que parecia um pouco apertado para seu corpanzil protuberante. Não estava nada confortável naquela roupa com a qual parecia não ter nenhuma intimidade. A escola era para ele algo estranho que ele tinha ouvido apenas falar. Havia sido obrigado a ir e ainda que argumentasse que não queria estudar, seus pais o convenceram dizendo que seria bom para ele. Acreditou nas palavras dos pais e se deixou levar pela certeza de dias melhores. Dias melhores virão, ele ouvira dizer muitas vezes. Ele duvidava disso. Teria que enfrentar o desafio de ir para a escola ainda que preferisse ficar em sua aldeia correndo, brincando, subindo nas árvores, coletando frutas ou plantando mandioca. O que ele poderia aprender ali? Os dias que antecederam o primeiro dia de aula foram os mais difíceis. Sobre s...

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...

HOJE ACORDEI BEIJA FLOR

(Daniel Munduruku) Hoje  vi um  beija   flor  assentado no batente de minha janela. Ele riu para mim com suas asas a mil. Pensei nas palavras de minha avó: “ Beija - flor  é bicho que liga o mundo de cá com o mundo de lá. É mensageiro das notícias dos céus. Aquele-que-tudo-pode fez deles seres ligeiros para que pudessem levar notícias para seus escolhidos. Quando a gente dorme pra sempre, acorda  beija - flor .” Foto Antonio Carlos Ferreira Banavita Achava vovó estranha quando assim falava. Parecia que não pensava direito! Mamãe diz que é por causa da idade. Vovó já está doente faz tempo. Mas eu sempre achei bonito o jeito dela contar histórias. Diz coisas bonitas, de tempos antigos. Eu gostava de ficar ouvindo. Ela sempre começava assim: “Tininha, há um mundo dentro da gente. Esse mundo sai quando a gente abre o coração”...e contava coisas que ela tinha vivido...e contava coisas de papai e mamãe...e contava coisas de  hoje ...