Na carta de denúncia, enviada também para Ministério Público, Polícia Federal e Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas dizem que, embora parte da comunidade da TI seja hoje refém dos madeireiros, a maioria dos moradores do local já se posicionou contrária à extração de madeira na reserva. "Não conseguimos entender quais são os verdadeiros motivos que impedem o poder público, com todas as suas leis e sua força policial, de resolver o problema da invasão madeireira na Terra Indígena Sete de Setembro de uma vez por todas", diz trecho do documento. Para a administradora regional da Funai em Cacoal (RO), Arlene Amaral de Carvalho, os motivos são a impunidade e a pouca estrutura para a fiscalização que é disponibilizada pela central da fundação em Brasília. "Aqui a Funai precisa se desdobrar, só contamos com dois carros de fiscalização e falta os outros órgãos responsáveis atuarem", afirmou. Segundo ela, outro problema é que a Justiça Federal da região vem agindo em sentido contrário ao da fundação. "Quando a gente prende um trator, o juiz manda soltar. Os madeireiros presos são soltos na mesma hora", informou. De acordo com a carta de denúncia do povo Suruí, os madeireiros desmatam a área desde 1986, quando o então presidente da Funai, Romero Jucá, assinou contratos de venda do produto no território. O documento também indica que os locais de acesso dos madeireiros à TI Sete de Setembro mais frequentes são as linhas 7, 14, 10 e 11, Boa Vista do Pacarana, Rondolândia, e Fazenda Cutuva. "Nas linhas 10 e 11 se verificam um número aproximado de 10 madeireiros atuando e nas outras localidades em torno de 25 a 30", denuncia a carta. Arlene concorda que a extração ilegal de madeira na área é forte, mas garante que a Funai regional está agindo dentro de suas possibilidades para apreender tratores e instrumentos usados para o desmatamento no local desde a semana passada. Ela diz que os madeireiros sempre agiram na TI, mas agora encontram resistência dos indígenas, que não querem mais viver da extração de madeira, mas sim, plantar para sobreviver. "Os tratores, caminhões e caminhonetes apreendidos com os madeireiros deveriam ser revertidos aos índios pela Justiça. Assim, os índios poderiam usar essas máquinas como instrumento de trabalho dentro de suas terras", opinou a administradora.Representantes dos índios da etnia Suruí que vivem na Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, em Rondônia, enviaram uma carta ao Ministério da Justiça denunciando a invasão de suas terras por madeireiros e pedem providências dos órgãos responsáveis pela defesa da área.
MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...
Não há limite para a ganância dos madeireiros. Eles olham uma árvore e enxergam um pacote de dinheiro... Simples assim. O poder Público precisa de estrutura para tornar inviável essa prática ilegal,unidos. Dona Arlene tem razão em sugerir que o equipamento apreendido fique com os índios e parte deveria ser usado pra combater esse crime.
ResponderExcluiré verdade!! será que eles nao pensam o quanto a natureza esta sendo afetada? e o pior disso, quem sofrerá as consequências serão seus descendentes...
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