Marta Ferreira e Angela Kempfer Uma criança índia de 11 anos morreu no dia 28 de setembro, no Hospital Regional, em Campo Grande, vítima da burocracia e do jogo de empurra entre instituições públicas que deveriam zelar pela saúde dela. A terena Vanessa Rodrigues Gabriel tinha lúpus, uma doença grave que afeta articulações, coração, pele e rins, entre outros órgãos. No caso de de Vanessa, o rim já estava comprometido. No dia 16 de setembro, foi receitado para ela o medicamento Rituximab, droga que tem custo de R$ 5,7 mil por ampola de 50 ml. Começou então o jogo de empura que envolveu Hospital Regional, Funai (Fundação Nacional do Índio) e Funasa (Fundação Nacional de Saúde), o órgão que é responsável pela saúde dos índios no País. As três instituições públicas trocaram ofícios entre o período de 20 de setembro e primeiro de outubro, quando, em resposta a um documento enviado pela Funai, o diretor técnico e de assistência do HR, Alexandre Frizzo, informou que a menina havia fa...