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Mostrando postagens de 2008

É NATAL!!!!

Natal é tempo de paz, solidariedade, inclusão, reflexão, abundância, liberdade, alegria, sorrisos, abraços, celebração, bondade, promessas, honestidade, família, presente, passado, futuro, olhares, brinquedos, esperança, afeto, afagos, magia, espiritualidade, caridade, multidão, festejos, fogos, lembranças, saudades, amor, prazeres (do corpo, da mente e do espírito), expectativas, paixões, certezas, desafios, olhares (pra frente e pra trás), ganhos, gastos, felicidade, fé, fecundidade, emoções... Natal é um momento de reviver, repensar, reprogramar, reiterar, retomar, ajoelhar, rezar. É tempo de agradecer, agradar, perdoar, aplaudir, admirar, contemplar, comprometer (se), desafiar, renascer... Natal é para relaxar, descansar, dascascar (laranjas e não abacaxis), reforçar (se), apaziguar, amenizar, abastecer (se)... Natal é a hora de cantar, encantar (se). Ouvir, ouvir (se). Natal é presença da Ausência Presente. É a glória ao Excelsior. É sentir o silêncio do Eterno Falante. É o raro m

Lula critica adiamento de decisão sobre Raposa

O presidente Lula fez uma crítica indireta ontem ao ministro do STF Marco Aurélio Mello por ele ter pedido vista no processo que julga a manutenção da demarcação contínua da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol (RR). Segundo Lula, não havia motivo para suspender novamente o julgamento já que 8 dos 11 ministros votaram a favor. "Nós estávamos com 8 a 0 para demarcar a área de forma contínua. De repente, um ministro pede vista e nós temos de aguardar apenas o resultado final, apesar de 8 a 0 definir a maioria absoluta na Suprema Corte em favor daquilo que estava no projeto original", disse. As declarações foram feitas na abertura da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos - FSP, 16/12, Brasil, p.A11; O Globo, 16/12, O País, p.13. Terenas elegem índia para cacique A índia terena Enir Bezerra da Silva foi eleita a primeira cacique de Mato Grosso do Sul. Ela passou a comandar 250 famílias na Aldeia Urbana Marçal de Souza, em Campo Grande. Enir diz que seu objetivo como líder é

Funasa não será mais responsável pela saúde indígena, diz Danilo Forte

O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte, disse na terça-feira (16) que a decisão política de criação de uma Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena está tomada e só falta a sua implementação. A declaração foi feita durante a apresentação de um balanço das ações da Funasa em 2008. “Minha preocupação é com o vácuo entre a decisão política e a concretização dessa secretaria. O vazio pode ter aspectos danosos para a saúde da comunidade indígena. Pode quebrar a continuidade das ações desenvolvidas”, destacou Forte. A Funasa foi criada em 1991, a partir da fusão da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) e do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp). O orçamento para 2009 ficará em R$ 5,1 bilhões e deverá ser ajustado em função das mudanças que poderão ocorrer no órgão. A saúde indígena responde por 8% do orçamento da Funasa (R$ 340 milhões) e possui 4 mil servidores diretos e mais 10 mil conveniados. De acordo com o presidente da fundação, ai

Notícias sobre Raposa Serra do Sol

Julgamento da Raposa deve nortear outros casos, diz Mendes Possivelmente, o julgamento de Raposa Serra do Sol não vai tratar apenas do caso concreto, mas deve dar diretrizes seguras para a demarcação de novas terras, na opinião do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. "É natural que possa haver alguma discussão que vá além do caso concreto de Raposa", afirmou Mendes, lembrando que essa é a primeira vez que o Supremo se debruça com essa profundidade sobre o tema depois da Constituição de 1988. O ministro fez as afirmações durante o lançamento do projeto Casa de Justiça e Cidadania, em Montes Claros. A dois dias da decisão sobre o futuro da reserva indígena, está aumentando a tensão entre índios e fazendeiros na região. No fim-de-semana, um dos mais conhecidos e polêmicos fazendeiros do Estado, o produtor de arroz e prefeito derrotado de Pacaraima Paulo César Quartieiro, deu uma entrevista a um jornal local afirmando ter ligado para a Polícia Fe

STF retoma na quarta-feira julgamento sobre Raposa Serra do Sol

Comentário DM : Não é de hoje que os grandes latifundiários tentam barrar o modo indígena de ser. Agem quase sempre à revelia da lei ou apesar da lei. Não é de hoje que líderes são assassinados por defenderem sua gente e provavelmente muitos outros morrerão até que estes latifundiários tenham dominado tudo e transformado nossas terras em dinheiro. O julgamento que (re)começa é apenas uma longa peleja entre ricos e os empobrecidos pelo sistema. Mas é também fruto do reconhecimento de que estes povos que habitam a Raposa Serra do Sol são reais e que precisam ter garantido seus direitos de viver conforme mandam suas tradições. Na pior das hipóteses, estes povos conquistaram visibilidade e chamaram a atenção da sociedade para um problema que vem sendo empurrados com a barriga há muito tempo. Espero que nosso tribunal maior tenha consciência do importante papel que a situação apresenta e possa ser favorável aos nossos povos. Tenho dito. ____________________________________________ O Supremo

Índios protestam contra revisão de lei indígena

Comentário DM : O Estatuto do Índio tal como ele está escrito é anacrônico, pois é de 1973 e vai contra as conquistas dos povos indígenas aprovadas na CF de 1988. Há muita coisa ainda a ser regulamentada para que o estatuto se adeque aos novos tempos. Penso que a reivindicação dos parentes do MT é justa, mas não devem imaginar a Funai de hoje como a de 30 anos atrás. A Funai também tem que se atualizar para responder às reivindicações de nossos povos. Por outro lado, os parentes indígenas do MT devem fazer uma leitura mais global da realidade indígena brasileira para não correrem o risco de "ler" a Funai e sua atuação a partir do próprio umbigo. É importante, ainda, pensar uma fórmula política para transformar a Funai administrável pelos próprios povos indígenas brasileiros e não por antropólogos, sociólogos ou especialistas em "índios". Tenho dito. _______________________________________ Cerca de 250 indígenas de Mato Grosso se dirigiram nesta quarta-feira (3) a Br

Governo ignora índios em seu plano de defesa, afirma Funai

Comentário : Eis uma situação que vai trazer uma série de mal entendidos entre a sociedade brasileira e os povos indígenas. Meira tem razão quando afirma que as forças armadas estão no século XIX. Feitosa também acerta quando diz que o Mangabeira não sabe nada de índio nem de Amazônia. O governo Lula precisa tomar cuidado com este tipo de profissional que ele coloca no governo para pensar estratégias como se o dito fosse dono do Brasil agindo à revelia da própria socidade civil. Tenho dito. ______________________________ Com foco na proteção das fronteiras da Amazônia, a minuta da Estratégia Nacional de Defesa não aborda a questão indígena ao prever a instalação de aeroportos e novos pelotões do Exército na região. Para o presidente da Funai, Márcio Meira, o erro poderá provocar atritos entre índios e militares. Meira diz que não foi consultado sobre o novo plano de defesa, que será divulgado no dia 11, e nunca se reuniu com o ministro Mangabeira Unger. "Não me chamaram nem sequer

Notícias dos povos indígenas

ONG é suspeita de desvio na Funasa, aponta procurador O Ministério Público Federal de Santa Catarina investiga repasse milionário da Funasa à associação Projeto Rondon, de Santa Catarina. Segundo a CPI das ONGs, a entidade foi a que mais recebeu recursos do órgão de 1999, quando começou a prestar assistência à saúde indígena, até 2007. O Ministério Público Federal já encontrou indícios de que a ONG não atua na maioria das aldeias em que deveria e que inexiste controle da Funasa sobre suas atividades. A ONG deveria atuar em quatro Estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. "Há municípios que nunca foram atendidos pela ONG, podendo-se concluir que o número de índios efetivamente assistidos é muito inferior ao 38.658 contabilizados oficialmente", diz relatório do procurador Celso Três. Ele descobriu que a Funasa nem sequer sabe quanto repassou para a entidade - FSP, 28/11, Brasil, p.A4. Contratos são da gestão passada, diz Funasa A Funasa disse ont

Mais que a abolição, além da oca

Renata Celani* Cinco anos após a promulgação da lei 10.639/03, que altera a LDB e institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica, sua tímida implementação em nível nacional é marcada pela descontinuidade das políticas públicas; recentemente sancionada, a lei 11.645/08, que ratifica a 10.639/03 e torna obrigatório o ensino da história e cultura dos povos indígenas brasileiros, aguarda ser regulamentada e gera expectativas sobre sua adoção de fato Na Escola Creche Vovô Zezinho, de Salvador (BA), crianças de três anos ouvem contos africanos e, a partir deles, realizam atividades como o plantio de sementes e o estudo do corpo humano; os pais de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Pereira de Borba, em Itapecirica da Serra (SP), foram chamados para debater, junto com os professores, a incorporação da temática racial no projeto político-pedagógico da escola; na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), s

Memória de um guerreiro

Por Osni Dias* Após 25 anos de sua morte, o líder guarani Marçal de Souza Tupã'i é lembrado pelos indígenas do Mato Grosso do Sul como um guerreiro que não foi derrotado. Em Atyguasu, grande reunião, realizada em outubro na Aldeia Campestre no município de Antonio João, a foto do líder ocupou lugar de honra no centro da tenda improvisada onde centenas de indígenas debateram a luta dos povos Guarani e Kaiowá pela demarcação de suas terras. Nesse mesmo local, em 1983, Marçal foi brutalmente assassinado na porta de sua casa, aos 63 anos de idade, com cinco tiros, sendo um na boca, representando simbolicamente a tentativa de alguns setores da sociedade de calarem seu discurso em prol dos direitos dos povos indígenas. Sua voz, porém, ainda pode ser ouvida nas palavras de outras lideranças que seguiram seus passos e continuam lutando não somente pelas terras que lhes pertencem por direito, mas também por dignidade e respeito. A vocação para proferir discursos inflamados já era eviden

Sobre a morte e o morrer

(A propósito do dia 02 de novembro) Meu povo munduruku vê a morte como um processo natural e necessário. Em seu mito de origem conta que nossos ancestrais viviam no mundo do centro da terra onde só havia fartura e bonança e os caçadores não precisavam se esforçar muito para conseguir os alimentos para o dia-a-dia. Havia um caçador, no entanto, que era muito esforçado e andando a esmo notou que havia um tatu maior do que o normal e passou a persegui-lo. O animal ao se ver perseguido fugiu cavando um buraco na abóboda celeste. O caçador foi atrás e entrando pelo buraco deparou-se com um mundo bem diferente do que estava acostumado. Ficou assustado e voltou para junto dos seus a fim de contar-lhes o que havia descoberto. Todos o ouviram com atenção e decidiram ir conhecer o mundo de cima. Teceram, então, uma rede bastante comprida e um exímio arqueiro lançou uma certeira flechada que fincou numa árvore. Todos passaram a subir pela corda com cuidado. E muitos já haviam partido, mas quando

Noticias fresquinhas

Em São Gabriel da Cachoeira, índio vota em índio São Gabriel da Cachoeira, o terceiro maior município do País, no extremo Norte do Estado do Amazonas, tem 109 mil km2 onde vivem espalhadas 700 comunidades indígenas de 23 etnias diferentes. O município mais indígena do Brasil elegeu no primeiro turno um prefeito e um vice índios - Pedro Garcia, do PT, é tariana e seu vice, André Baniwa, do PV, pertence aos baniwa. Eles irão comandar um território onde vivem 45 mil habitantes e terão como desafios: melhorar o sistema de Saúde, dar sentido à Educação e atender à demanda por saneamento. Pedro Garcia é o quarto índio que chega a prefeito no Brasil. Mas esta é a primeira vez que se elegem titular e vice indígenas. Eles derrubaram a crença que "índio não vota em índio" - Valor Econômico, 23/10, Política, p.A10. Uribe admite que polícia atirou contra marcha de indígenas O presidente colombiano, Álvaro Uribe, reconheceu ontem que a polícia disparou contra a marcha de 10 mil indígenas

Almir Surui ganha prêmio internacional

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Recebi a mensagem abaixo que repasso a todos e todas. É uma alegria saber que o parente Suruí ganhou esse importante prêmio internacional. Minhas congratulações ao nobre Almir. DM O indígena Almir Narayamoga Surui, de Cacoal da Terra Indígena Sete de Setembro, ganhou o Prêmio de Defensor dos Direitos Humanos. O prêmio será entregue no Victoria Hall (teatro mais importante de Genebra na Suiça, com um concerto da Orquestra Suiça, que tocará Villa-lobos e Mozart, seguidos do artista brasileiro-suiço José Barrense-Dias que é o responsável para entregar o Prëmio a Almir. Este prêmio foi dado por sua luta em defesa do meio ambiente e contra o desmatamento na Amazônia, além de sua luta para salvar os indios isolados. Para Rondônia e Cacoal, é um orgulho ter um filho da terra recebendo um dos prêmios mais importante da Europa, que foi dado a Dalai Lama e agora é dado ao indígena Almir Surui. Ivaneide Bandeira Cardozo Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé

Mais uma Universidade Federal aprova política de cotas

Aracaju - SE - A Universidade Federal de Sergipe (UFS), aprovou por meio do seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) o Programa de Ações Afirmativas (Paaf), que garante a implementação da política de cotas para negros e indígenas, a partir do Processo Seletivo Seriado de 2010. Com a de Sergipe chega a 53 o número de instituições públicas a adotarem ações afirmativas no país. O Programa garante a reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Desse total, 70% serão destinadas a estudantes autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Também será reservada vaga por curso aos portadores de necessidades especiais. Segundo o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho (foto), a aprovação do sistema "é mais um reflexo da política de expansão e inclusão vivida pelas universidades públicas nos últimos anos". "Acredito que nossas políticas de ações afirmativas – neste caso, as cotas – é um coroamento para tornar a universidade mais inclusiva. Começam

Ler é somar-se ao mundo

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A leitura tem sido propagandeada como um bom instrumento para nos tornar mais participantes do mundo e das decisões que acabam afetando nossas vidas. É verdade. Também acredito nisso. Mas isso não pode ser dito apenas a respeito da leitura que se faz nos livros. Há outras tantas formas de ler o mundo que devem ser levadas em consideração para não se correr o risco de parecer arrogantes. Penso por exemplo, na leitura de mundo que fazem os povos tradicionais. Considerados ágrafos durante muito tempo não se pode negar a eles uma sabedoria que vai além da compreensão capitalista da transformação da realidade. Para a sociedade capitalista a transformação do mundo tem a ver com o domínio da natureza e com o consumo que isso gera. É a política posta em prática quase sempre quando se diz que é preciso interferir no mundo de maneira inclusivista. Políticas de inclusão são, normalmente, desenvolvidas visando tornar o diferente - índio, negro, pobre, deficiente.. - um igual. É tornar o diferente

EDUCAR É PARA POUCOS

Minha homenagem ao dia dos confessores de sonhos mais conhecidos como Professores. Educar é um ato heróico em qualquer cultura. Talvez seja pelo fato de que educar exija que a pessoa saia um pouco de si e vá ao encontro do outro; um outro desconhecido; um outro anônimo; um outro que me questiona; um outro que me confronta com meus próprios fantasmas, meus próprios medos, minha própria insegurança. Talvez seja pelo fato que educar exija sacrifício, exija renúncia de si, exija abandono, exija fé, exija um salto no escuro. Talvez por isso seja algo para poucos. Seja para pessoas que acreditam nas outras pessoas. Seja para pessoas que não se acomodaram diante da mesmice que a sociedade pede todos os dias. Talvez por isso seja mais fácil encontrar professores que educadores: Professores são donos do conhecimento. Educadores são mediadores. Professores são profissionais do ensino. Educadores fazem do ensino um estimulo para seu conhecimento pessoal. Professores usam a palavra como instrument

Imprensa Oficial lança revista Graciliano Ramos

A Imprensa Oficial lança no próximo dia 21 de outubro a revista Graciliano Ramos, uma publicação mensal de cunho científico e cultural. O evento acontece às 10h, no Museu da Imagem e do Som (MISA). O novo veículo do cenário editorial alagoano é resultado de uma articulação entre a Companhia de Empreendimentos Intermediação e Parcerias de Alagoas (Cepal), que é gestora da Imprensa Oficial, e Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan). A revista Graciliano Ramos abordará assuntos diversos: literatura e artes em geral; temas tradicionais da área de saúde, ciências exatas e letras; além das problemáticas sócio-políticas de Alagoas. A direção cultural da revista é do professor Luiz Sávio de Almeida. Para ele, a especificidade da publicação está no olhar. “A linha editorial da Graciliano Ramos é calcada no recorte aprofundado dos temas, que serão tratados pelos nossos mais valiosos especialistas”, afirma. Segundo ele, a publicação se destina, prioritariamente, à grande massa de estudant

Índios cobram R$ 180 por passagem de caminhão em reserva

A estrada que corta a reserva indígena no Parque Nacional do Xingu tem pontos vigiados por guerreiros. Para passar pelo trecho, é preciso pagar. O motorista de um caminhão bi-trem, carregado, deve deixar R$ 180 para os índios. Se o veículo estiver vazio, o preço é de R$ 150. O valor é para atravessar o Rio Xingu. Dois índios operam a balsa mantida pela tribo. Em menos de dez minutos, é possível chegar à outra margem. A equipe de reportagem do "Jornal Hoje" pagou R$ 50 e recebeu o comprovante. No documento, é possível constatar que cada veículo tem um preço diferente. E, no caso dos ônibus, a cobrança é feita duas vezes. O motorista deve pagar R$ 60 e, cada passageiro, R$ 5. A rodovia existe há mais de 30 anos e é o principal acesso entre oito cidades do norte de Mato Grosso. Sem ela, a viagem fica quase inviável. Quando algum fazendeiro da região precisa transportar o gado na balsa, o faturamento dos índios aumenta. Os animais são levados até a beira do rio e lá embarcam e

Lúcia Fernanda Kaingang na Suiça

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Desde o dia 10 de outubro a jovem advogada indígena Lúcia Fernanda Kaingang está em Genebra, Suiça, para participar de reunião da Organização Mundial da Propriedade Intelectual - OMPI. Ela representa o Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual - INBRAPI - única organização indígena brasileira com assento nesta organização criada pela ONU para tratar do tema da Propriedade Intelectual. Nossa intelectual estará pela europa até o dia 01 de novembro quando retorna para o Brasil. Ela contou que está de mudança para sua aldeia no Rio Grande do Sul de onde irá dirigir o Inbrapi. Considerou esta mudança essencial para aproximar-se ainda mais de sua cultura e educar o filho, Kyfe. Segundo a advogada o Inbrapi já provou que é uma instituição que veio para ficar e mostrou competência em todas as suas ações. Dessa forma, disse ela, não importa o lugar onde estará, pois a instituição estará com ela. Desejamos muita boa e produtiva viagem à Lúcia.

Manoel Moura hospitalizado

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É com muito pesar que noticio que o nosso grande líder indígena Manoel Moura Tukano, um dos principais nomes do movimento indígena brasileiro, está hospitalizado em Manaus. Tive notícias de que o estado de saúde de nosso parente requer cuidados muito sérios. A internação de Moura aconteceu há alguns dias atrás e apresentava um quadro muito preocupante. Segundo informações que obtive de amigos, Moura apresentou alguma melhora nas últimas horas, mas ainda assim permanecerá internado por tempo indeterminado. Nosso conselheiro Alvaro Tukano está se encaminhando para Manaus a fim de acompanhar o tratamento de Moura. Àlvaro está se deslocando para o Amazonas como enviado especial do Inbrapi para prestar solidariedade e ajuda ao companheiro de luta e grande aliado da causa indígena. Vale lembrar que Moura foi um dos principais articuladores do movimento indígena brasileiro e um dos criadores da COIAB, FOIRN E COICA, entidades indígenas com importantes participações nas decisões do movimento i

Ailton Krenak: Um comendador à altura do título

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No próximo dia 07 de outubro será a entrega da Comenda do Mérito Cultural outorgada pelo Ministério da Cultura. É um reconhecimento às pessoas que se destacam no mundo da cultura por seu trabalho e dedicação. É um reconhecimento digno num país que costuma não dar muita trela à cultura de seu povo. A maioria das pessoas que recebem tal distinção é, normalmente, indicada por uma instituição ou governo. Há também organizações da sociedade civil que podem ser contempladas desde que militem pela divulgação da cultura brasileira. Este ano o mundo indígena será mais uma vez contemplado através da pessoa de Ailton Krenak, o Botocudo das Minas Gerais. É um titulo absolutamente merecido por tudo o que esse parente vem realizando desde a década de 1980 em favor das culturas indígenas e, conseqüente, de todo o povo brasileiro. Além de ter sido um dos principais expoentes do pensamento político do movimento indígena, Ailton foi um incentivador sempre pronto das diversas manifestações da cultura dos

Uma feira de livro, uma memória, uma esperança.

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Por Daniel Munduruku Estive em Belém na ultima semana participando da XII Feira Pan-Amazônica do Livro. Fui participar de um seminário sobre Literatura Indígena junto com dois amigo queridos: Yaguarê Yamã e Graça Graúna (comigo no Museu Emílio Goeldi). Foi um evento muito rico. Segundo os organizadores foram mais de 40 mil pessoas por dia. E eu posso dizer que fiquei muito impressionado com a quantidade de gente que se punha a caminhar entre as ruas literárias do Hangar, um centro de convenções maravilhoso construído na capital paraense. Encontrei alguns amigos famosos caminhando pela feira: Ariano Suassuna, Rubem Alves, Marina Colassanti. Tive a alegria de ouvir Gabriel O Pensador conversando com um público jovem atento e me senti privilegiado por estar participando de um evento que une juventude e experiência numa rica troca de impressões. Nos intervalos revisitei alguns pontos turísticos de minha cidade natal e vi como ela cresceu e está muito atenta ao crescimento aliado à preserva

O PAC dos índios que a imprensa não vê

Belo artigo que nos ajuda a refletir sobre as verdadeiras intenções da politica indigenista do governo e sua "tara" por um desenvolvimento econômico que faz desaparecer as diferenças. Por Ricardo Tripoli e Noel Villas Bôas O governo federal conseguiu ganhar pontos junto à opinião pública ao apoiar a retirada de não-índios da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima. Com isso, está conseguindo também esconder debaixo do tapete o retrocesso de seu PAC (Programa de Ação de Crescimento) para a política indigenista. Não tem havido na imprensa praticamente espaço algum para as críticas que têm sido feitas por diversas entidades indigenistas desde meados de 2007, quando foram anunciadas as ações do "PAC índio". O assunto só veio temporariamente à tona por meio das declarações do relator James Anaya, das Nações Unidas, que em sua visita ao Brasil, em agosto, ressaltou que esse programa governamental não leva em conta as particularidades dos povos indígenas e prevê a