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Mostrando postagens de 2017

AO REVÉS DO AVESSO – LEITURA E FORMAÇÃO - DICA DE LEITURA

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AO REVÉS DO AVESSO – LEITURA E FORMAÇÃO DICA DE LEITURA Sempre que encontro com o professor Luiz Percival Leme Britto é uma festa. Nós gostamos um do outro como amigos que somos e como aliados que nos tornamos. Fazemos a festa do (re) encontro. Gosto de escutar o Percival – como é carinhosamente chamado pelos mais próximos – pela profundidade e contundência que norteiam sua fala. Ele é um pensador profundo, apaixonado, cartesiano, enfático. Não costuma medir as palavras ao dizê-las. Ele as diz por que as pensou com a calma acadêmica necessária para que sejam afirmadas com convicção e endereço certo. Raramente temos tempo de debater nossas ideias que são, quase sempre opostas por nos basearmos em diferentes tradições. Ou melhor, por sermos de diferentes tradições. Ele, um ocidental que sabe só sabe ser ocidental – e afirma isso com todas as letras; eu, um híbrido nascido num mundo, educado em outro e que busca encontrar sentido nos dois mundos. Minhas falas não têm a contundê

Gente de Cor, Cor de Gente - Dica de Leitura

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GENTE DE COR, COR DE GENTE Você acha que é possível ver um livro e sentir que o leu? Acha que é possível ler um livro e sentir que o viu? Acha que é possível sentir o que viu e leu? Foi tudo isso que me despertou a leitura e vistura do belo livro sem palavras Gente de Cor, Cor de Gente do escritor de imagens Maurício Negro . É um livro sem palavras, mas quem precisa de palavras para ler os sentidos das imagens, não é mesmo? O livro nos lembra que usamos com muita frequência as cores para revelar nosso estado de espírito como quando dizemos que estamos “roxos de fome” ou “azuis de frio”. Lembra-nos que as cores são imagens que nos remetem a sentimentos, presenças ou ausências que moram dentro da gente. Lembra que gente é Gente independente da cor que cobre o seu corpo e que nossas diferenças não nos empobrecem. Ao contrário, a riqueza do mistério que envolve nossa existência está na diversidade e como convivemos com ela. É um livro que fala – sem palavras – que a cor das pesso

Irina do Pará - Dica de Leitura

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Irina do Pará - Dica de Leitura Sabe um daqueles livros legais que você não para de ler enquanto não acaba? Sabe aquele livro que te atrai, te conquista, te remete às suas próprias memórias? Sabe o livro que te encanta, te emociona e te faz pensar? Sabe um livro que te angustia, te traz certo sofrimento e te faz refletir sobre a capacidade humana de se superar em meio às agruras da existência? Tudo isso eu encontrei neste Irina do Pará . Um livro escrito com paixão, com entrega, com conhecimento e com o coração. Escrito por Valéria Pimentel , Irina do Pará é uma leitura para ser feita por quem quer conhecer um Brasil profundo, esquecido dos grandes centros e explorado em suas riquezas naturais, minerais e humanas. É um verdadeiro retrato das esperanças que alimentam homens e mulheres que buscam a felicidade apesar dos desafios. Vale a leitura. Fica a dica. Título: Irina do Pará Autora: Valéria Pimentel Editora: Novo Século www.novoseculo.com.br

Promoção Natalina

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Aproveitando as festas natalina estou fazendo uma superpromoção com quatro títulos de minha autoria que chegarão às suas mãos autografados e com frete incluso no preço. Visite nossa loja aqui mesmo no blog e descubra quais títulos estão disponíveis para esta superpromoção. Os livros deverão ser pedidos diretamente pelo email dmunduruku@gmail.com. Ali os interessados receberão as orientações de como efetuar o pagamento. Eis os títulos: Mundurkando 2 - Voltado para o público adulto Kabá Darebu - Leitores a partir de 5 anos O Homem que roubava horas - Leitores a partir de 7 anos Catando piolhos, contando histórias - Leitores a partir de 9 anos

A Palavra Mágica - Dica de Leitura

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A Palavra mágica – Rui Zink Conheci este maravilhoso escritor nos Estados Unidos enquanto ministrava um curso de Cultura Indígena na conceituada Middlebury College em julho deste ano que já está em seu final (ufa!!!). Foi um encontro mágico porque o gajo é possuidor da palavra mágica que consegue congregar, ensinar, divertir, questionar e, sobretudo, encantar. Presenteado que fui com um de seus livros – ele é autor de dezenas de títulos – fui deliciando-me com sua escrita, com sua forma jocosa e bem humorada de relatar seus encontros, desencontros e reencontros – ficcionais ou não. Realmente uma delícia. Rui já esteve várias vezes no Brasil e nutre uma grande paixão por nosso país e isso reverbera nas suas palavras sempre elogiosas e amáveis sobre suas experiências por aqui. Enfim, é mais uma literatura que vale a pena ser conhecida porque enobrece a arte da escrita. Fica a dica.

Quase Nua - Dica de Leitura

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Quase Nua (Dica de Leitura) Imaginem uma professora universitária das mais competentes; Imaginem uma jovem senhora de cabelos descoloridos em tons que vão de extravagantes a sutis; Imaginem uma intelectual cuja sina tem sido descolonizar o pensamento do sul; Imaginem uma mulher arretada, forjada na luta, que ouve Edgar Morin e o Mestre Chico Lucas com a mesma honestidade intelectual; Imaginem o Humano elevado a mil...Esta é Ceiça Almeida que se desnuda e nos faz ver não um corpo, mas uma alma inquieta. Leitura mais que recomendada, obrigatória. Aqui não se encontram reflexos de humanidade, encontra-se a humanidade completa, complexa. (Quase Nua: Meias verdades, Mentiras sinceras – Maria da Conceição de Almeida – Ed. Una)

Daniel Munduruku em Recife

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No próximo dia 23 estarei no Sesc Santa Rita, em Recife, para um bate papo com alunos de uma escola pública e com o público em geral. Quem estiver por perto, apareça.

Super promoção do livro VOZES ANCESTRAIS

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MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO

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MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou

APENAS FILHOS

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Por ocasião do dia da nossa "Mãe Preta" lembrei deste texto que escrevi e que faz parte da série "Das Coisas que Aprendi". Boa leitura! APENAS FILHOS Aprendi com os parentes que somos filhos da terra. Ser filho é ter uma atitude cuidadosa com a mãe que nos enche de dádivas e alegrias. Nos dá o alimento que faz o corpo se nutrir com sua energia cósmica. Nos dá o remédio que cura o corpo das enfermidades que o assola quando quebra a harmonia reinante. Nos dá o aroma que perfuma nosso dia a dia. Nos brinda com o nascer e o por do sol, espetáculos que embriagam os olhos. A mãe não esquece uma única necessidade nossa e nos preenche com seus círculos de saberes. Nada escapa ao seu brio maternal que não abre mão de ensinar, punir, maravilhar, entristecer, alegrar, alimentar, enaltecer. Tudo é dado de graça e só exige que sejamos agradecidos e harmonizados com o universo. O que é mais surpreendente é que a gente não precisa ter consciência disso. Assim como a T

Religar-se: uma necessidade para os desligados.

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Tendo estudado em escola religiosa me foram passados os ensinamentos que a dita religião considerava fundamental para tornar-me um ser humano melhor. Entre estes ensinamentos estava um que dizia que a humanidade foi vitimada por um pecado original que carregaria consigo até o fim dos tempos. O mal ocasionado por uma falha de caráter de um certo homem teria nos condenado a uma eterna busca pelo paraíso perdido. Mas dizia que não era para ficar tão mortificado por causa disso, pois o Criador não abandonaria suas criaturas e enviaria um redentor para fazer um novo pacto com a humanidade decrépita. Este salvador veio, andou por esta terra garantindo que era o filho do Criador, mas a maldade do homem o condenou a morte na cruz. No entanto, para que sua obra não fosse jamais esquecida e seus filhos, órfãos, deixou seus seguidores e uma instituição como legítima representante dos dons da divindade. Aprendi isso quando menino. Vivi isso quando jovem. Busquei compreensão quando adulto. Agora

Passagem por Fortaleza - Dia 23/09

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Estive em Fortaleza para participar de um evento educativo como oficineiro. Ministrei um pequeno curso para cerca de 80 educadores nos dois períodos do sábado, dia 23. Abaixo seguem os registros desses encontros que foram muito ricos e prazerosos. Gratidão à Edições Paulinas que bancou esta minha participação.

Escola Castanheiras - Alphaville/SP - Dia 20/09

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Já faz algum tempo que visito a Escola Castanheiras e faço conversa com os estudantes da instituição. Eles leem vários livros meus e a biblioteca tem um acervo maravilhoso da literatura indígena. Este ano passei lá no último dia 20/9. Foi lindo demais! Parabéns à escola que prepara muito bem seus estudantes para o respeito à diversidade!!