Cinep lança livro “Olhares Indígenas Contemporâneos” com temas sobre educação, lingüística, mobilização, resistência e direitos indígenas

Comentário DM:
O livro indicado abaixo tem um valor simbólico muito importante porque apresenta visão qualificada sobre os temas que se propõe discutir. Nele as pessoas interessados na temática da educação indígena [especialmente a educação superior indígena]. É uma aquisição valiosa. Tem meu aval.
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Caros parentes,

pedimos seu apoio na divulgação do livro "Olhares Indígenas Contemporâneos".
Esta é uma publicação do Cinep que integra uma iniciativa conjunta com a
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), na qual está incluída a
criação de um site e de uma revista semestral voltados prioritariamente ao
tema do ensino superior indígena. O livro "Olhares Indígenas Contemporâneos"
mostra o resultado do trabalho acadêmico de cinco pesquisadores indígenas
que cursaram pós-graduação (dois no doutorado e três no mestrado), além de
mostrar os resultados de uma pesquisa sobre o perfil dos estudantes
indígenas universitários do Brasil.

O apoio de vcs divulgando tanto junto ao movimento indígena, quanto nas
páginas e listas de contatos das intituições indígenas vem fortalecer esta
iniciativa, valorizando o pensamento indígena e motivando, cada vez mais, o
ingresso de indígenas no ensino superior.

Segue, em anexo, um resumo sobre o livro que pode ser enviado a todos seus
contatos.

Também quem tiver interesse em apoiar adquirindo um exemplar entre em
contato com a Jô Oliveira pelo email jo@cinep.org.br ou pelo telefone (61)
3225.4349.

Esperamos contar com a sua colaboração!

Obrigada,

Equipe Cinep


Cinep lança livro “Olhares Indígenas Contemporâneos” com temas sobre
educação, lingüística, mobilização, resistência e direitos indígenas*

* *

O Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep) lança o livro *Olhares
Indígenas Contemporâneos*, uma coletânea que reúne seis artigos de autores
indígenas produzidos a partir de teses de doutorado e dissertações de
mestrado, defendidas entre 2008 e 2010, e de uma pesquisa sobre o perfil dos
estudantes universitários indígenas no Brasil.

Rita Gomes do Nascimento, da etnia Potiguara, abre o volume com o artigo
“Performances e experiências de etnicidade: práticas pedagógicas Tapeba”, em
que discorre sobre as razões da proeminência dos professores indígenas como
mediadores políticos e representantes das comunidades indígenas junto à
sociedade envolvente.

Edilson Martins Melgueira, da etnia Baniwa, investiga os classificadores
nominais da língua baníwa, do rio Içana, buscando discutir conjuntamente
léxico, morfossintaxe e contexto discursivo, bem como refletir a maneira
Aruák Baníwa de ver, sentir e organizar os elementos que constituem seu
universo.

Florêncio Almeida Vaz Filho, do povo Maytapu, faz uma etnografia dos
processos de mobilização étnica envolvendo cerca de 40 comunidades na região
do baixo rio Tapajós, na Amazônia, que passaram a se identificar
publicamente como indígenas no final da década de 1990.

Vilmar Martins Moura Guarany, indígena Guarani, realiza uma análise sobre a
relação das áreas de meio ambiente e de direitos indígenas. Para isso, faz
uma descrição dos principais instrumentos e acordos internacionais
relacionados à definição do conceito de “desenvolvimento sustentável”.

Rosani de Fátima Fernandes, da etnia Kaingang, trata dos processos de
resistência e luta pela sobrevivência dos Gavião Kyikatejê, desde sua
transferência do atual estado do Maranhão até a constituição da reserva Mãe
Maria, no Pará, abordando a recuperação da sua autonomia, em 2000, em
relação aos Parkatejê.

O artigo final, assinado pelo Cinep, apresenta o perfil do estudante
indígena na universidade, montado a partir de uma pesquisa realizada pela
instituição com 481 acadêmicos indígenas, dentro de um universo estimado
hoje de 6.000 estudantes indígenas matriculados no ensino superior em todo o
Brasil.

Mesmo com uma presença crescente de indígenas no ensino superior, as teses e
dissertações produzidas por estes estudantes não têm recebido apoio para
divulgação e publicação. Muitas são as razões para este anonimato, uma das
quais é a forte concorrência das produções não indígenas sobre a temática
indígena, imperando no imaginário brasileiro a visão de que são os
estudiosos brancos que possuem os conhecimentos e as verdades sobre os povos
indígenas.

É com o propósito de dar um primeiro passo para mudar este cenário, que o
Cinep lança a coletânea *Olhares Indígenas Contemporâneos* que constitui o
primeiro volume da *Série Saberes Indígenas, *na qual pretende oferecer aos
estudantes, pesquisadores e profissionais indígenas um canal de divulgação
dos resultados de seus estudos e pesquisas, além de propiciar uma
oportunidade aos estudiosos e à opinião pública brasileira de conhecer um
pouco mais do mundo e da realidade indígena a partir do olhar e do
pensamento dos indígenas.

*O Cinep*

Fundado em 2005, o Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep) é uma
associação civil, sem fins lucrativos, com sede em Brasília – DF. A entidade
foi criada para promover, apoiar e executar atividades de formação e
qualificação direcionadas a profissionais, lideranças e universitários
indígenas das diferentes regiões do país com o objetivo de qualificar e
orientar a formação política e acadêmica para a luta dos povos indígenas do
Brasil. Também faz parte do Cinep o Observatório de Direitos Indígenas
(Odin), que possui suas atividades coordenadas por um advogado indígena.

* *

*Serviço:*

Cada exemplar do livro *Olhares Indígenas Contemporâneos* custa R$30,00 à
venda na sede do Cinep, em Brasília: SRTVS – Centro Empresarial Assis
Chateaubriand – Quadra 701 – Conjunto 01 – Bloco 01 – nº38 – Sobreloja –
Salas 25/26.

Pedidos podem ser feitos pelo email jo@cinep.org.br ou pelo telefone (61)
3225.4349, tratar com Jô Oliveira

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