FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE
O dia especial
Sou obrigado a enfiar a modéstia no saco de brinquedos e abrir o maior sorriso dos dias especiais. Muita coisa boa está prevista para me acontecer hoje. Primeiro, na Arena das Histórias, devo abraçar a Confraria das Letras em Braille, que faz emocionantes transcrições para leitores cegos. Um pouquinho depois, vou receber na Casa do Patrono estudantes que vêm de Nova Bassano.
O resto da tarde será ainda mais glorioso. Às 18h, no estande da Assembleia Legislativa junto ao calçadão da Rua da Praia, passarei à condição de laureado com a Medalha do Mérito Farroupilha, mais importante comenda concedida pelos deputados do Rio Grande do Sul. Por essa o Piá Farroupilha não esperava.
Medalha no peito, corro para o primeiro andar do Memorial. Preciso estar ao lado de Jane Tutikian, Alcione Araújo e Daniel Munduruku no lançamento de nossos livros pela editora Edelbra. Um Guri Daltônico, no aniversário de 25 anos, reaparece junto com os jovens espertos da Jane, o Papai Noel divertido do Alcione e o universo verde do Daniel, que escreve sobre a dignidade dos índios.
Por fim, na Tenda de Pasárgada, a partir das 20h serei personagem na dramatização de trechos de Admissão ao Ginásio. Coitado do patrono, paciente do cardiologista Eduardo Barbosa, está com o coração nas nuvens e 10 miligramas por dia de Marevan para segurar o coágulo de estimação.
Daniel,como eu faço para falar com você?
ResponderExcluirAlexadre Mansur
revista Época
alexmansur@eglobbo.com.br