A força de um apelido [Daniel Munduruku] O menino chegou à escola da cidade grande um pouco desajeitado. Vinha da zona rural e trazia em seu rosto a marca de sua gente da floresta. Vestia um uniforme que parecia um pouco apertado para seu corpanzil protuberante. Não estava nada confortável naquela roupa com a qual parecia não ter nenhuma intimidade. A escola era para ele algo estranho que ele tinha ouvido apenas falar. Havia sido obrigado a ir e ainda que argumentasse que não queria estudar, seus pais o convenceram dizendo que seria bom para ele. Acreditou nas palavras dos pais e se deixou levar pela certeza de dias melhores. Dias melhores virão, ele ouvira dizer muitas vezes. Ele duvidava disso. Teria que enfrentar o desafio de ir para a escola ainda que preferisse ficar em sua aldeia correndo, brincando, subindo nas árvores, coletando frutas ou plantando mandioca. O que ele poderia aprender ali? Os dias que antecederam o primeiro dia de aula foram os mais difíceis. Sobre s...
Este blog tem a intenção de oferecer reflexões para pessoas que desejem conhecer melhor meu trabalho e minha militância na literatura indígena.
Estou aqui emocionada com suas palavras. Trabalho em uma escola onde este ano realizaremos uma festa que faz Parte do nosso calendário,com o tema diversidade cultural indigena e sua influência na formação do povo brasileiro. O espetáculo tem o nome de "todos somos parte de um todo". Tenho acompanhado algumas entrevistas suas pra poder criar o roteiro e me conectar com esta Cultura que também é minha e de todos que aqui nascemos. Muito grata por clarear minha compreensão neste universo tão rico. Abs
ResponderExcluirOlá Daniel!
ResponderExcluirMeu filho cursa o 4° ano, já leu o homem que roubava horas, e está trabalhando gêneros textuais, nesse caso a biografia e tem uma dúvida: qual sua formação? Filosofia, com licenciatura em história e psicologia , disciplinas ligadas ao curso de filosofia?Ou você se formou em nessas 3 áreas? No último caso, quais instituições?
Desde já agradecemos!
Maravilhoso!!
ResponderExcluirCom toda certeza são os guardiões da natureza. Muito triste ver a realidade deles hoje em dia. Eles são os verdadeiros donos das terras, pois estavam aqui muito antes dos homens brancos.
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