Aldeia começa a ser montada para a Rio+20
A Kari-Oca será composta de alojamentos, refeitório, cinco tendas para discussões de temas do evento e atividades culturais
Da Agência Brasil noticias@band.com.br
Para interligar conhecimento indígena à tecnologia durante a Rio+20, uma aldeia será montada em plena metrópole. Da Aldeia Kari-Oca, que começa a ser erguida esta semana em Jacarepaguá, na zona oeste, os cerca de mil índios de países como Nigéria, Japão, Canadá e Brasil, esperados para a conferência da ONU (Organização das Nações Unidas), trocarão informações com aqueles que ficaram nas aldeias, independentemente das distâncias.
A Kari-Oca será composta de alojamentos, refeitório, cinco tendas para discussões de temas do evento e atividades culturais, além de duas ocas tradicionais de povos do Alto Xingu, que serão erguidas com vigas de madeira trazidas pelos índios. "Vinte guerreiros chegam esses dias para a montagem", contou um dos organizadores, o líder do movimento indígena Marcos Terena.
De acordo com ele, a ideia é fazer uma reedição da Kari-Oca, da Rio 92. O objetivo será influenciar decisões da Rio+20 em três eixos: "a cultura como parte essencial da economia verde, a soberania alimentar no mundo moderno e a sustentabilidade", destacou Terena. Por isso, a aldeia ficará próxima ao centro de convenções, onde ocorrerão os debates oficiais.
Também está na pauta da Kari-Oca, a consulta obrigatória aos índios, por parte do Poder Público, nos casos de instalação de grandes empreendimentos em terras indígenas, como prevê a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O tema é prioritário nos debates que antecedem a conferência da ONU para índios de vários países.
"Queremos ser consultados antes de qualquer programa estatal ou privado nas aldeias", disse Terena. Segundo ele, a garantia da terra é fundamental para sobrevivência dos povos.
Na aldeia urbana, as questões relativas ao meio ambiente e ao combate à pobreza ocorrerão em uma das ocas tradicionais, a Casa da Sabedoria. A outra, batizada Techno-oca, eletrônica, abrigará computadores conectados à internet para uso pessoal e transmissão online das atividades.
"Dessa oca poderemos falar, por exemplo, com os índios Navajo, dos Estados Unidos, que são nossos parceiros. Mostrar o que é a Kari-Oca e conhecer a aldeia deles", exemplificou Terena.
Paralelamente, a Kari-Oca também promoverá atividades diversas como saraus. Uma visita ao bloco de carnaval Cacique de Ramos, na zona norte do Rio, ainda está prevista. Segundo Marcos Terena, a ideia é mostrar para os moradores de Ramos "que eles também tem a ver com a história dos índios". "Historicamente, Ramos, era uma aldeia dos índios Tupinambá", revelou.
A Kari-Oca será composta de alojamentos, refeitório, cinco tendas para discussões de temas do evento e atividades culturais, além de duas ocas tradicionais de povos do Alto Xingu, que serão erguidas com vigas de madeira trazidas pelos índios. "Vinte guerreiros chegam esses dias para a montagem", contou um dos organizadores, o líder do movimento indígena Marcos Terena.
De acordo com ele, a ideia é fazer uma reedição da Kari-Oca, da Rio 92. O objetivo será influenciar decisões da Rio+20 em três eixos: "a cultura como parte essencial da economia verde, a soberania alimentar no mundo moderno e a sustentabilidade", destacou Terena. Por isso, a aldeia ficará próxima ao centro de convenções, onde ocorrerão os debates oficiais.
Também está na pauta da Kari-Oca, a consulta obrigatória aos índios, por parte do Poder Público, nos casos de instalação de grandes empreendimentos em terras indígenas, como prevê a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O tema é prioritário nos debates que antecedem a conferência da ONU para índios de vários países.
"Queremos ser consultados antes de qualquer programa estatal ou privado nas aldeias", disse Terena. Segundo ele, a garantia da terra é fundamental para sobrevivência dos povos.
Na aldeia urbana, as questões relativas ao meio ambiente e ao combate à pobreza ocorrerão em uma das ocas tradicionais, a Casa da Sabedoria. A outra, batizada Techno-oca, eletrônica, abrigará computadores conectados à internet para uso pessoal e transmissão online das atividades.
"Dessa oca poderemos falar, por exemplo, com os índios Navajo, dos Estados Unidos, que são nossos parceiros. Mostrar o que é a Kari-Oca e conhecer a aldeia deles", exemplificou Terena.
Paralelamente, a Kari-Oca também promoverá atividades diversas como saraus. Uma visita ao bloco de carnaval Cacique de Ramos, na zona norte do Rio, ainda está prevista. Segundo Marcos Terena, a ideia é mostrar para os moradores de Ramos "que eles também tem a ver com a história dos índios". "Historicamente, Ramos, era uma aldeia dos índios Tupinambá", revelou.
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