De terça a quinta-feira, em Cacoal, órgãos públicos e representantes indígenas farão plano de ação Começaram hoje, em Cacoal, as reuniões para debater e traçar um plano de ações em prol da educação escolar indígena do povo Cinta Larga. Órgãos públicos relacionados ao assunto, professores, alunos e líderes indígenas participam da série de reuniões até a próxima quinta-feira, no auditório da escola estadual Josino Brito. As reuniões vão resultar na elaboração de um documento único que irá contemplar as necessidades educacionais do povo Cinta Larga e estabelecer metas a serem alcançadas por cada um dos órgãos públicos, sob fiscalização do Ministério Público Federal (MPF), dos índios e entidades que cuidam, direta ou indiretamente, da educação escolar. Participam das reuniões os representantes do MPF, secretarias estaduais de Educação (Seduc) e Fundação Nacional do Índio (Funai) nos estados de Rondônia e Mato Grosso, Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), Organização dos Professores Indígenas de Rondônia (Opiron), Núcleo de Educação Indígena de Rondônia (Neiro), Conselho Cinta Larga, professores e alunos indígenas. O Ministério da Educação (MEC) também foi convidado a participar das reuniões. |
Fonte: MPF-RO |
MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...
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