Pular para o conteúdo principal

Livros sobre educação intercultural indígena são lançados por meio do Coeduc

Da Redação
Incluir a temática indígena na escola e facilitar a educação intercultural é o objetivo de dois livros lançados pelo Núcleo de Estudo sobre o Corpo, Educação e Cultura (Coeduc) da Universidade do Estado de Mato Grosso, por meio do Projeto financiado pela Rede CEDES/ME (Centro de Desenvolvimento do Esporte Recreativo e do Lazer) em parceria com o Grupo de Pesquisa em Movimentos Sociais e Educação (GPMSE) da Universidade Federal de Mato Grosso e o Projeto Jogos Indígenas e Educação: Produção Material Educativo Sobre os Jogos dos Povos Indígenas do Brasil.
As obras “Jogos e Culturas Indígenas: Possibilidades para a Educação Intercultural na Escola” organizado pela professora da Unemat, Beleni Salete Grando e “O eu e o outro na Escola: contribuições para incluir a história e a cultura dos povos indígenas na escola”, também organizado pela professora Beleni e pelo professor Luiz Augusto Passos (UFMT) tem como objetivo contribuir para que a temática indígena sela incluída na escola como prevê a lei nº 11.645/08, assim como contemplar a educação intercultural.
Além da versão ebook que estará sendo disponibilizada no site do Ministério do Esporte, e pela Rede CEDES, além do site da Unemat no endereço: www.unemat.br/pesquisa/coeduc, as obras também serão lançadas pela Editora da UFMT. Os exemplares impressos serão distribuídos aos Grupos de Pesquisa.
A professora Beleni Salete grando lembra que as produções reúnem autores de diferentes áreas e etnias. Segundo ela todos são parceiros no desafio de pensar uma educação para além da escola. 

Fonte: O Documento

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...

A FORÇA DE UM APELIDO

A força de um apelido [Daniel Munduruku] O menino chegou à escola da cidade grande um pouco desajeitado. Vinha da zona rural e trazia em seu rosto a marca de sua gente da floresta. Vestia um uniforme que parecia um pouco apertado para seu corpanzil protuberante. Não estava nada confortável naquela roupa com a qual parecia não ter nenhuma intimidade. A escola era para ele algo estranho que ele tinha ouvido apenas falar. Havia sido obrigado a ir e ainda que argumentasse que não queria estudar, seus pais o convenceram dizendo que seria bom para ele. Acreditou nas palavras dos pais e se deixou levar pela certeza de dias melhores. Dias melhores virão, ele ouvira dizer muitas vezes. Ele duvidava disso. Teria que enfrentar o desafio de ir para a escola ainda que preferisse ficar em sua aldeia correndo, brincando, subindo nas árvores, coletando frutas ou plantando mandioca. O que ele poderia aprender ali? Os dias que antecederam o primeiro dia de aula foram os mais difíceis. Sobre s...

HOJE ACORDEI BEIJA FLOR

(Daniel Munduruku) Hoje  vi um  beija   flor  assentado no batente de minha janela. Ele riu para mim com suas asas a mil. Pensei nas palavras de minha avó: “ Beija - flor  é bicho que liga o mundo de cá com o mundo de lá. É mensageiro das notícias dos céus. Aquele-que-tudo-pode fez deles seres ligeiros para que pudessem levar notícias para seus escolhidos. Quando a gente dorme pra sempre, acorda  beija - flor .” Foto Antonio Carlos Ferreira Banavita Achava vovó estranha quando assim falava. Parecia que não pensava direito! Mamãe diz que é por causa da idade. Vovó já está doente faz tempo. Mas eu sempre achei bonito o jeito dela contar histórias. Diz coisas bonitas, de tempos antigos. Eu gostava de ficar ouvindo. Ela sempre começava assim: “Tininha, há um mundo dentro da gente. Esse mundo sai quando a gente abre o coração”...e contava coisas que ela tinha vivido...e contava coisas de papai e mamãe...e contava coisas de  hoje ...