Pular para o conteúdo principal

Abertas inscrições ao credenciamento para Jogos dos Povos Indígenas

Da Redação
Agência Pará

As inscrições da mídia que fará a cobertura da décima edição dos Jogos dos Povos Indígenas estão abertas até o próximo dia 28. Todo jornalista interessado em cobrir o evento deve preencher o formulário e enviá-lo para o e-mail: imprensa.jpi@gmail.com. Ao solicitar o pedido, jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas do Brasil e do exterior também deverão ler o Termo de Compromisso de Utilização de Imagem.

A confirmação do credenciamento será feita pelo Comitê Intertribal via e-mail até o dia 29. Ao se apresentar na Assessoria de Imprensa montada no Parque Ambiental de Paragominas (PA) os profissionais devem portar carteira de identidade, registro profissional, além do comprovante de que trabalha na empresa, para assinar o Termo de Compromisso.

A página do site dos Jogos Indígenas, do Ministério do Esporte, contará com outros links como os da divulgação (fotos, matérias, e áudio e vídeo), do histórico do jogos, das etnias participantes, com a etnografia de cada representação indígena e das modalidades esportivas e tradicionais.

O Parque Ambiental é a sede dos Jogos dos Povos Indígenas 2009, que acontecem de 31 de outubro a 7 de novembro em Paragominas (PA). No espaço, foi construída a Aldeia Olímpica, que consta de Arena Circulo Indígena e de alojamento para 1.300 indígenas com a montagem de 28 ocas. Além de 33 etnias brasileiras, confirmaram presença aborígenes do Canadá, da Austrália e da Guiana Francesa.

Localizada ao noroeste do Pará e distante 310 quilômetros da capital Belém, a cidade de Paragominas fica às margens da Rodovia Belém-Brasília. A prefeitura da cidade, sede dos Jogos Indígenas, disponibiliza relação da rede hoteleira local para interessados em se hospedar.

Ascom - Ministério dos Esportes

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A FORÇA DE UM APELIDO

A força de um apelido [Daniel Munduruku] O menino chegou à escola da cidade grande um pouco desajeitado. Vinha da zona rural e trazia em seu rosto a marca de sua gente da floresta. Vestia um uniforme que parecia um pouco apertado para seu corpanzil protuberante. Não estava nada confortável naquela roupa com a qual parecia não ter nenhuma intimidade. A escola era para ele algo estranho que ele tinha ouvido apenas falar. Havia sido obrigado a ir e ainda que argumentasse que não queria estudar, seus pais o convenceram dizendo que seria bom para ele. Acreditou nas palavras dos pais e se deixou levar pela certeza de dias melhores. Dias melhores virão, ele ouvira dizer muitas vezes. Ele duvidava disso. Teria que enfrentar o desafio de ir para a escola ainda que preferisse ficar em sua aldeia correndo, brincando, subindo nas árvores, coletando frutas ou plantando mandioca. O que ele poderia aprender ali? Os dias que antecederam o primeiro dia de aula foram os mais difíceis. Sobre s...

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...

HOJE ACORDEI BEIJA FLOR

(Daniel Munduruku) Hoje  vi um  beija   flor  assentado no batente de minha janela. Ele riu para mim com suas asas a mil. Pensei nas palavras de minha avó: “ Beija - flor  é bicho que liga o mundo de cá com o mundo de lá. É mensageiro das notícias dos céus. Aquele-que-tudo-pode fez deles seres ligeiros para que pudessem levar notícias para seus escolhidos. Quando a gente dorme pra sempre, acorda  beija - flor .” Foto Antonio Carlos Ferreira Banavita Achava vovó estranha quando assim falava. Parecia que não pensava direito! Mamãe diz que é por causa da idade. Vovó já está doente faz tempo. Mas eu sempre achei bonito o jeito dela contar histórias. Diz coisas bonitas, de tempos antigos. Eu gostava de ficar ouvindo. Ela sempre começava assim: “Tininha, há um mundo dentro da gente. Esse mundo sai quando a gente abre o coração”...e contava coisas que ela tinha vivido...e contava coisas de papai e mamãe...e contava coisas de  hoje ...