Pular para o conteúdo principal

Exposição sobre irmãos Villas Bôas é prorrogada até 31 de julho

A exposição Irmãos Villas Bôas - Vidas de Conquistas, que permite às pessoas conhecerem mais sobre a cultura indígena do Xingu, permanece até dia 31 de julho, com visitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

SÃO PAULO (ABN NEWS) - A exposição “Irmãos Villas Bôas – Vidas de Conquistas”, realizada pelo Memorial do Ensino Municipal, foi prorrogada. As pessoas poderão conhecer mais sobre a cultura indígena do Xingu pelo olhar da família Villas Bôas e o trabalho realizado pelos sertanistas junto aos índios brasileiros gratuitamente até o dia 31 de julho. As visitas podem ser feitas pelo público em geral de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Durante as visitas, um monitor explica o trabalho dos Villas Bôas por meio de imagens, objetos e vídeos que entrelaçam a trajetória dos irmãos à história do Xingu, entre eles painéis com fotos do arquivo pessoal do sertanista Orlando Villas Bôas, cedidas pelo filho Noel, retratando festas, rituais, a vida na tribo e a relação com os índios. A exposição conta com armas, instrumentos musicais, artesanato de cerâmica, bijuterias e outros utensílios indígenas que pertencem ao acervo do Projeto Xingu, mantido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que acompanha os índios da região desde a década de 60.

Os visitantes poderão participar de oficinas de artesanato, dança, contação de histórias e brincadeiras indígenas. Banners mostrarão também o trabalho realizado nos três Centros de Educação e Cultura Indígena (CECIs), da Rede Municipal de Educação, que têm como objetivo o desenvolvimento integral das crianças índias de zero a seis anos em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. O currículo dos CECIs, com processos de aprendizagem desenvolvidos especialmente a partir dos interesses, hábitos e crenças indígenas, procura preservar a cultura Guarani.

Serviço:

Exposição “Irmãos Villas Bôas – Vidas de Conquistas”
Data e Horário: Até o dia 31 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Local: Memorial do Ensino Municipal
Endereço: rua Estado de Israel, 509, Vila Clementino

Comentários

  1. Olá Daniel! É um prazer poder desfrutar de seus textos sem ter que sair de casa.
    Sou estudante de letras da ufu, e apaixonada pela cultura indígena. Já li alguns de seus livros, e pretendo continuar estudando essa vertente. tenho um projeto de pesquisa sobre literatura indígena, e fico cada vez mais fascinada. Fui à Fundação Peirópolis esse ano e gostei muito; pensei que fosse te encontrar por lá :)

    enfim, é uma honra muito grande saber que podemos nos conectar via esse enorme aparato tecnológico que é a internet.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A FORÇA DE UM APELIDO

A força de um apelido [Daniel Munduruku] O menino chegou à escola da cidade grande um pouco desajeitado. Vinha da zona rural e trazia em seu rosto a marca de sua gente da floresta. Vestia um uniforme que parecia um pouco apertado para seu corpanzil protuberante. Não estava nada confortável naquela roupa com a qual parecia não ter nenhuma intimidade. A escola era para ele algo estranho que ele tinha ouvido apenas falar. Havia sido obrigado a ir e ainda que argumentasse que não queria estudar, seus pais o convenceram dizendo que seria bom para ele. Acreditou nas palavras dos pais e se deixou levar pela certeza de dias melhores. Dias melhores virão, ele ouvira dizer muitas vezes. Ele duvidava disso. Teria que enfrentar o desafio de ir para a escola ainda que preferisse ficar em sua aldeia correndo, brincando, subindo nas árvores, coletando frutas ou plantando mandioca. O que ele poderia aprender ali? Os dias que antecederam o primeiro dia de aula foram os mais difíceis. Sobre s...

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO

MINHA VÓ FOI PEGA A LAÇO Pode parecer estranho, mas já ouvi tantas vezes esta afirmação que já até me acostumei a ela. Em quase todos os lugares onde chego alguém vem logo afirmando isso. É como uma senha para se aproximar de mim ou tentar criar um elo de comunicação comigo. Quase sempre fico sem ter o que dizer à pessoa que chega dessa maneira. É que eu acho bem estranho que alguém use este recurso de forma consciente acreditando que é algo digno ter uma avó que foi pega a laço por quem quer que seja. - Você sabia que eu também tenho um pezinho na aldeia? – ele diz. - Todo brasileiro legítimo – tirando os que são filhos de pais estrangeiros que moram no Brasil – tem um pé na aldeia e outro na senzala – eu digo brincando. - Eu tenho sangue índio na minha veia porque meu pai conta que sua mãe, minha avó, era uma “bugre” legítima – ele diz tentando me causar reação. - Verdade? – ironizo para descontrair. - Ele diz que meu avô era um desbravador do sertão e que um dia topou...

HOJE ACORDEI BEIJA FLOR

(Daniel Munduruku) Hoje  vi um  beija   flor  assentado no batente de minha janela. Ele riu para mim com suas asas a mil. Pensei nas palavras de minha avó: “ Beija - flor  é bicho que liga o mundo de cá com o mundo de lá. É mensageiro das notícias dos céus. Aquele-que-tudo-pode fez deles seres ligeiros para que pudessem levar notícias para seus escolhidos. Quando a gente dorme pra sempre, acorda  beija - flor .” Foto Antonio Carlos Ferreira Banavita Achava vovó estranha quando assim falava. Parecia que não pensava direito! Mamãe diz que é por causa da idade. Vovó já está doente faz tempo. Mas eu sempre achei bonito o jeito dela contar histórias. Diz coisas bonitas, de tempos antigos. Eu gostava de ficar ouvindo. Ela sempre começava assim: “Tininha, há um mundo dentro da gente. Esse mundo sai quando a gente abre o coração”...e contava coisas que ela tinha vivido...e contava coisas de papai e mamãe...e contava coisas de  hoje ...